Brasil defende reforma da OMC e incorporação de negociações "plurilaterais" na entidade

Fonte: Xinhua    13.06.2022 08h37

O Brasil defenderá uma reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a incorporação de negociações "plurilaterais" na entidade durante a 12ª Conferência Ministerial (MC12) da OMC, que se realizará em Genebra de 12 a 15 de junho, informaram fontes oficiais na última sexta-feira.

Em um comunicado, a Chancelaria brasileira assegurou que o país atua para que a MC12 possa obter resultados concretos concentrados em quatro áreas: "agricultura e segurança alimentar, comércio e saúde, subsídios à pesca e reforma da OMC".

Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, as negociações em agricultura são prioritárias para o país, que entende ser fundamental avançar rumo ao disciplinamento efetivo dos subsídios agrícolas e à redução das barreiras ao comércio desse setor como forma de garantir a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável globais".

Em comércio e saúde, "o Brasil apoia o engajamento da OMC na resposta à pandemia, de maneira a estimular a produção global e facilitar a circulação e distribuição eficiente e equitativa de tratamentos, insumos e vacinas".

Com relação à pesca, a Chancelaria brasileira destacou que o país "trabalha por resultados ambiciosos em termos de sustentabilidade econômica e ambiental".

O governo brasileiro defende ainda "uma reforma capaz de revitalizar a OMC e restabelecer sua centralidade como organização promotora do comércio e investimentos mundiais em bases justas, abertas e sustentáveis", acrescentou a nota.

Para além das negociações multilaterais, o Brasil participa ativamente das negociações em formato plurilateral em assuntos como comércio eletrônico e facilitação de investimentos, além das já concluídas negociações sobre a regulação doméstica de serviços.

"O Brasil considera que as negociações plurilaterais devem ser plenamente incorporadas à arquitetura institucional da OMC. A experiência recente mostra que esse formato é promissor para a apresentação de resultados concretos", ressalta o comunicado.

A Chancelaria conclui afirmando que o país "espera que a MC12 contribua para a recuperação da economia mundial, a retomada dos fluxos de comércio e investimento internacionais e o fortalecimento do desenvolvimento sustentável".

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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