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MRE: China refuta comentários dos EUA sobre visita de chefe de direitos humanos da ONU à China

Fonte: Diário do Povo Online    31.05.2022 10h48

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, refutou na segunda-feira as declarações do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, sobre a visita da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, à China.

Blinken divulgou um comunicado em 28 de maio, dizendo que os Estados Unidos estão preocupados com as condições que a China impôs à visita de Bachelet e com os esforços da China para restringir e manipular a visita.

Zhao disse em uma coletiva de imprensa diária que, a convite do governo chinês, Bachelet visitou a China de 23 a 28 de maio.

"A China acredita que esta visita aumentou o entendimento e a cooperação, e esclareceu a desinformação. Após várias reuniões e viagens em Guangzhou e Xinjiang, a comissária teve uma compreensão e reconhecimento mais profundos do caminho da China para o desenvolvimento dos direitos humanos e teve experiência em primeira mão da realidade de Xinjiang, da sua segurança social e estabilidade, desenvolvimento sólido e sustentado e bem-estar social", acrescentou. Observando que todas as mentiras e rumores relacionados a Xinjiang desmoronaram diante dos fatos e da verdade, Zhao disse que os EUA desta vez inventaram novas mentiras e que a China restringiu e manipulou a visita.

"Na verdade, todas as atividades e disposições da visita da alta comissária Bachelet durante sua estada na China foram decididas de acordo com a sua vontade e com base na consulta", disse Zhao, acrescentando que Bachelet também afirmou na entrevista coletiva que teve reuniões extensas e não supervisionadas durante a visita.

"Onde está a restrição e manipulação? Não é preciso procurar além dos Estados Unidos para perceber quem está tentando manipular esta visita", acrescentou o porta-voz.

Zhao disse que os Estados Unidos foram quem mais abordou a visita de Bachelet à China, impondo vários tipos de condições, atacando e caluniando a visita depois dela ter ocorrido.

"Isso prova mais uma vez que os Estados Unidos não se importam com as condições dos direitos humanos. O que realmente pretendem é usar os direitos humanos como pretexto para denegrir constantemente a China e conter o país", disse Zhao, acrescentando que tal hipocrisia e esquema político dos Estados Unidos estão há vista de todos há muito tempo.

Por outro lado, as condições de direitos humanos nos Estados Unidos são como "as roupas novas do imperador", disse Zhao.

Ele observou que o recente tiroteio em massa em uma escola no Texas é particularmente chocante: "O direito à vida das pessoas comuns, incluindo crianças e adolescentes, não pode ser garantido".

Zhao compartilhou alguns números. Desde 2001, os Estados Unidos travaram guerras ou conduziram operações militares em cerca de 80 países em nome do combate ao terrorismo, o que vitimou mais de 800.000 pessoas, incluindo cerca de 300.000 civis. Os Estados Unidos criaram locais como a prisão da Baía de Guantánamo em todo o mundo, onde as pessoas são detidas arbitrariamente sem julgamento por longos períodos de tempo e sujeitas a tortura e maus-tratos. O racismo nos Estados Unidos está profundamente enraizado e minorias raciais como os afro-americanos e asiático-americanos têm que conviver com o racismo sistêmico.

"Fechando os olhos às graves violações de direitos humanos domésticas, que legitimidade têm os Estados Unidos para agir como um juiz condescendente e interferir nos assuntos de outros países?", disse Zhao, acrescentando que a China pediu ao Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos para investigar e apresentar relatórios sobre os problemas de direitos humanos dos EUA.

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