A recente violência armada e os trágicos tiroteios em massa nos Estados Unidos apontaram para a covardia política de grande parte da liderança eleita do país, segundo um artigo publicado no website da The New Yorker no domingo.
Em um único período de dez dias em maio, 44 pessoas foram assassinadas em tiroteios em massa em todo o país - "um carnaval de violência que confirmou, entre outras coisas, a covardia política de uma grande parte de nossa liderança eleita, o fraco pretexto de nossa credibilidade moral e a farsa de demonstrações públicas de simpatia que se traduzem em nenhuma mudança real em nossas leis, nossa cultura ou nossas propensões assassinas", observou o artigo.
As recentes tragédias incluíram um tiroteio em massa em uma escola primária do Texas que deixou 19 crianças e dois adultos mortos, e um outro em uma mercearia em Buffalo, Nova York, que matou 10 pessoas.
"As circunstâncias que permitem o assassinato em massa de crianças são intrinsecamente políticas," indicou.
"O acesso legal ao armamento envolvido é político" e "as pessoas mais notáveis se recusam a enxergar tais coisas como políticas por ocasião de eleições para cargos públicos", apontou.
Além disso, "parte disto está na Segunda Emenda fundamentalista e nos políticos que traduzem seu zelo em lei - o resto está em cada um de nós que ainda não encontrou a coragem, a criatividade ou a determinação de acabar com isso", indicou o artigo.