Governo brasileiro realizará estudos para a privatização da Petrobras, maior empresa do país

Fonte: Xinhua    12.05.2022 13h58

O governo brasileiro iniciará estudos para avaliar a privatização da Petrobras, maior empresa do país, segundo anunciou nesta quarta-feira o novo ministro das Minas e Energia, o economista Adolfo Sachsida.

Em seu primeiro pronunciamento à imprensa horas depois de assumir o cargo, Sachsida disse que seu primeiro ato à frente do ministério será trabalhar pela privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) - estatal responsável por gerir os contratos da União no pré-sal,

"Meu primeiro ato como ministro será solicitar ao ministro (da Economia) Paulo Guedes, presidente do Conselho do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), que leve ao conselho a inclusão da PPSA no PND (Programa Nacional de Desestatização) para avaliar as alternativas para sua desestatização", disse Sachsida.

Antes de assumir as Minas e Energia, o novo ministro chefiava o chefe do Escritório da Assessoramento Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia ligado ao ministro dessa pasta, Paulo Guedes.

"Ainda como parte do meu primeiro ato, solicito também o início dos estudos tendentes à proposição das alterações legislativas necessárias à desestatização da Petrobras", acrescentou o novo ministro, ressaltando ainda que todo o teor do seu pronunciamento tinha "o aval e o apoio de 100%" do presidente Jair Bolsonaro.

A privatização da Petrobras e da PPSA é defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, mas o ministro anterior das Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque era contra.

O Diário Oficial da União publicou nesta quarta-feira a demissão de Albuquerque, informando que foi realizada "a pedido dele".

Um dos últimos remanescentes do primeiro ministério formado por Bolsonaro ao assumir o governo em 2019, Albuquerque vinha sendo alvo de críticas do presidente sobre a política de preços dos combustíveis no país.

Albuquerque divergia de Bolsonaro com relação à pretensão do governo de que a estatal Petrobras contivesse os aumentos nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.

Apesar das reclamações de Bolsonaro, a empresa anunciou esta semana um aumento de 8,9% no preço do diesel.

A Petrobras é uma empresa pública de capital aberto. Na semana passada divulgou ter registrado lucros recordes no trimestre, 37 vezes maiores do que os obtidos no mesmo período do ano passado.

Em abril, Bolsonaro já tinha substituído o general Joaquim Silva e Luna da presidência da empresa por causa da política de preços.

Os altos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha têm pressionado os preços de outros produtos, o que gera desgaste para o governo e para o presidente, que buscará um segundo mandato nas eleições de outubro.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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