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Cientistas chineses produzem glicose e ácidos graxos com dióxido de carbono

Fonte: Diário do Povo Online    01.05.2022 15h42

"Com um reator de eletrólitos e diferentes microrganismos, podemos produzir amido, pigmento ou medicamentos no futuro", disse Xia Chuan, coautor correspondente do artigo da Universidade de Ciência e Tecnologia Eletrônica da China. (Fornecida pelos pesquisadores)

Cientistas chineses desenvolveram um novo método para tornar dióxido de carbono e água em glicose e ácidos graxos.

A técnica vem depois que outro grupo na China sintetizou com sucesso o amido a partir do dióxido de carbono em 2021 e forneceu um novo potencial para a produção de alimentos artificiais ou semi-artificial.

Os pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia Eletrônica da China, da Universidade de Ciência e Tecnologia da China e da Academia Chinesa de Ciências descreveram um eletrobiosistema híbrido em um estudo publicado na revista Nature Catalysis na quinta-feira.

O sistema acopla eletrólise de dióxido de carbono espacialmente separada com fermentação de levedura, que converte eficientemente dióxido de carbono em glicose de alto rendimento.

Ele emprega um catalisador de cobre nanoestruturado que pode catalisar de forma estável ácido acético puro a partir de dióxido de carbono e, em seguida, usa levedura geneticamente modificada para produzir glicose in vitro a partir de ácido acético eletrogerado.

O método também se mostra capaz de produzir outros produtos como ácidos graxos usando dióxido de carbono, de acordo com o estudo.

"Esse processo pode ser entendido como a conversão de dióxido de carbono em vinagre e a alimentação de levedura para produzir glicose e ácidos graxos", disse Zeng Jie, co-autor do artigo e pesquisador da Universidade de Ciência e Tecnologia da China.

A reciclagem de dióxido de carbono em produtos de valor agregado representa a possibilidade tentadora de uma indústria manufatureira movida a eletricidade renovável e uma oportunidade substancialmente inexplorada para enfrentar questões ambientais e alcançar uma economia circular, disseram os pesquisadores.

"Com um reator de eletrólitos e diferentes microrganismos, podemos produzir amido, pigmento ou medicamentos no futuro", disse Xia Chuan, co-autor do artigo e pesquisador da Universidade de Ciência e Tecnologia Eletrônica da China.

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