China opõe-se à interferência dos EUA nos assuntos relacionados ao Tibete, diz porta-voz

Fonte: Xinhua    27.04.2022 09h51

A China se opõe firmemente à interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos da China sobre questões relacionadas ao Tibete sob o pretexto da liberdade religiosa, disse na terça-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.

Wang fez as declarações em uma coletiva regular de imprensa em resposta a uma declaração emitida pelo Departamento de Estado dos EUA, que pede a China que revele o paradeiro e o bem-estar da "reencarnação" do Panchen Lama.

O porta-voz afirmou que o governo chinês segue as políticas de liberdade de crença religiosa, incluindo o respeito e a proteção da reencarnação dos Budas Vivos, uma instituição de herança no budismo tibetano.

"Para a reencarnação do Dalai Lama, o Panchen Lama e outros grandes Budas Vivos, foi estabelecida uma série completa de métodos e procedimentos ao longo dos séculos, e os rituais religiosos e as convenções históricas, assim como as leis chinesas, devem ser obedecidos neste processo", indicou Wang.

Ao assinalar que o 14º Dalai Lama é um separatista anti-China sob o manto da religião, Wang disse que há 27 anos, quando esteve no exterior, o Dalai Lama tomou a liberdade de declarar que um menino era a reencarnação do Panchen Lama para realizar propaganda política separatista anti-China em detrimento dos rituais religiosos e em desacato às convenções históricas.

"Isto é ilegal e inválido", sublinhou Wang, acrescentando que o suposto menino reencarnado não é mais que um cidadão chinês comum que leva uma vida normal. Ele e sua família não querem que sua vida seja perturbada por outros.

Wang disse que a parte estadunidense deve compreender e respeitar plenamente seus desejos, ao invés de aproveitar a oportunidade para realizar manipulações políticas, atacar e desacreditar a China.

"Se os Estados Unidos realmente se preocupam com os direitos humanos e a liberdade religiosa, por que realizaram uma limpeza étnica geral e sistemática dos índios americanos, que conduziram a seu genocídio cultural?", perguntou Wang. "A parte norte-americana deve dar uma explicação convincente", acrescentou.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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