Os Estados Unidos devem lembrar que a ideia de "segurança indivisível" é um princípio endossado pela comunidade internacional, incluindo o lado norte-americano, e não é promovido apenas pela Rússia, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China na segunda-feira.
O porta-voz Wang Wenbin fez o comentário após alegações recentes de um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA de que a China continua a "repetir" algumas das ideias de segurança da Rússia em meio à guerra na Ucrânia, incluindo o conceito de "segurança indivisível" do Kremlin.
"A China rejeita tais acusações infundadas dos EUA que desconsideram os fatos", disse Wang durante uma coletiva de imprensa regular.
"O lado dos EUA deve abordar sua própria ignorância e perceber que a segurança indivisível não é apenas um conceito russo, mas um princípio importante, amplamente reconhecido e aceito pelos membros da Otan, incluindo os EUA, países europeus e o resto da comunidade internacional", disse Wang.
Este princípio foi consagrado em documentos importantes como o Acto Final de Helsínquia de 1975, a Carta de Paris de 1990 para uma Nova Europa, o Acto Fundador das Relações Mútuas, Cooperação e Segurança entre a OTAN e a Federação Russa, em 1997, e a Carta de Segurança Europeia adotada em 1999, prosseguiu, acrescentando que os Estados Unidos são signatários ou parte integrante desses documentos.
Wang disse que esquecer a história seria a maior traição e que negar o consenso teria graves consequências.
"Esse tipo de prática pérfida dos Estados Unidos é típico do unilateralismo e do revisionismo histórico, e é a causa raiz da atual crise de segurança europeia", concluiu.