A China refutou nesta quarta-feira as críticas estadunidenses sobre países grandes intimidando países pequenos, dizendo que o que os Estados Unidos fizeram a Cuba, Panamá e outros países são exemplos típicos de bullying.
Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, fez as observações em uma entrevista coletiva regular quando solicitado a comentar a declaração do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA que disse que "o princípio básico de que países grandes não podem intimidar países pequenos" foi violado no conflito entre Rússia e Ucrânia.
Ele apontou que as ações norte-americanas contra Cuba, Panamá, Granada, Iugoslávia, Afeganistão, Iraque, Síria e Líbia foram universalmente reconhecidas como exemplos clássicos de países grandes intimidando países pequenos.
A maneira fundamental de resolver a crise na Ucrânia está no cessar-fogo, seguida por diálogo e negociação, em vez de "ordem baseada em regras" unilateralmente definida de acordo com os próprios padrões de alguém, ainda menos coagindo outros a escolherem um lado, segundo o porta-voz.
"O mundo precisa de paz, não de guerra; pede justiça, não hegemonia; aspira cooperação, não confronto. É isso que a grande maioria dos países do mundo espera", acrescentou.
Há apenas um sistema no mundo: o sistema internacional com as Nações Unidas em seu núcleo, destacou Zhao. Há apenas uma ordem: a ordem internacional baseada no direito internacional. E há apenas um conjunto de regras: as normas básicas que regem as relações internacionais com base nos propósitos e princípios da Carta da ONU.
"Se os Estados Unidos são sinceros em aliviar a situação na Ucrânia, devem ficar do lado da paz e da justiça, como a maioria dos países do mundo", ressaltou Zhao.