Chanceler chinês conversa por telefone com secretário de Estado dos EUA sobre laços bilaterais e questão da Ucrânia

Fonte: Xinhua    07.03.2022 09h06

O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou por telefone no sábado com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, sobre relações China-EUA e a questão da Ucrânia a pedido deste último.

Wang disse que a principal prioridade das relações China-EUA no momento ainda é avançar e implementar o consenso alcançado pelos dois chefes de Estado na videoconferência, acrescentando que a China expressa grande preocupação com as recentes palavras e ações feitas por parte dos EUA que são contrárias ao objetivo atrás mencionado.

Taiwan é uma parte inalienável do território da China, e a questão de Taiwan é um assunto interno da China, disse Wang, pedindo aos EUA que retornem ao verdadeiro sentido do princípio de Uma Só China, parem de encorajar e apoiar os movimentos de "independência de Taiwan", deixem de interferir nos assuntos internos da China e salvaguardem a situação geral das relações China-EUA com ações concretas.

As duas partes trocaram opiniões sobre a Ucrânia.

Blinken informou o lado chinês sobre as opiniões e a posição dos EUA com respeito à situação atual na Ucrânia. Wang disse que a evolução da questão da Ucrânia é algo que a China não quer ver.

A questão da Ucrânia é complicada, o que não só diz respeito às normas básicas das relações internacionais, mas também está intimamente relacionada aos interesses de segurança de várias partes, disse Wang, pedindo que se concentre não apenas na solução da crise atual, mas também na manutenção de estabilidade da região de longo prazo.

Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a China sempre forma sua própria posição e política de acordo com os méritos do próprio assunto, disse Wang, acrescentando que a China acredita que a crise na Ucrânia deve ser resolvida de acordo com os propósitos e princípios da Carta da ONU.

Em primeiro lugar, a soberania e a integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas, disse Wang. Em segundo lugar, pediu a resolução pacífica de disputas através do diálogo.

Wang disse que o lado chinês espera que os combates parem o mais rápido possível, que a situação seja aliviada, que a segurança de civis e propriedades seja efetivamente garantida e que uma crise humanitária em larga escala seja evitada.

Wang destacou que a crise na Ucrânia só pode ser resolvida por meio de diálogo e negociações.

O lado chinês apoia todos os esforços propícios à desescalada e à solução política da situação, ao mesmo tempo em que se opõe a quaisquer medidas que sejam adversas à promoção de uma solução diplomática e adicionem combustível às chamas, disse ele.

A China continuará a se manifestar e a fazer o melhor para a paz, disse Wang, acrescentando que a China incentiva negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia.

Embora as negociações possam não correr sem problemas, disse ele, a comunidade internacional deve continuar a cooperar e apoiar esses esforços até que os resultados e a paz sejam alcançados.

O lado chinês, disse Wang, também incentiva os Estados Unidos, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a União Europeia a se engajarem em um diálogo igualitário com a Rússia, a enfrentarem os atritos e problemas acumulados ao longo dos anos, a prestarem atenção ao impacto negativo da contínua expansão da OTAN para o leste na segurança da Rússia, e a procurarem construir um equilibrado, eficaz e sustentável mecanismo de segurança europeia de acordo com o princípio da "indivisibilidade da segurança".

Os dois lados também trocaram opiniões sobre a situação atual da Península Coreana.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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