UE planeja sanções contra empresas que ajudam contrabandear migrantes

Fonte: Xinhua    25.11.2021 13h43

A Comissão Europeia propôs medidas direcionadas para atingir as empresas de transporte que teriam ajudado a contrabandear pessoas para a União Europeia (UE) via Bielorrússia, anunciou a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, na terça-feira.

Dirigindo-se ao Parlamento Europeu, von der Leyen disse que as medidas iriam colocar na lista negra qualquer empresa de transporte envolvida em ajudar a deslocar os migrantes do acesso ao espaço aéreo da UE, pousando em aeroportos, chegando a portos ou cruzando o território da UE.

"Existem agentes de viagens especializados que oferecem ofertas com tudo incluído: vistos, voos, hotéis e, um tanto cinicamente, táxis e ônibus até a fronteira. Sejamos muito claros: esses migrantes estão sendo vilmente enganados por falsas promessas", disse ela.

A vice-presidente da comissão, Margaritis Schinas, disse que a situação era o resultado de pessoas sendo "enganadas" por redes internacionais de contrabando. "Esta não é uma ameaça de migração ou crise, é uma questão de segurança, então temos que lidar com isso", acrescentou Schinas.

Se adotadas, as medidas aumentariam a pressão sobre a Bielorrússia para aliviar a crise de imigrantes nos países da UE que fazem fronteira com a Bielorrússia, incluindo Letônia, Lituânia e Polônia.

Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, pediram à UE que coopere com Minsk para resolver a crise migratória de meses que deixou mais de 10 mortos.

Desde agosto, milhares de migrantes, a maioria deles de países devastados pela guerra no Oriente Médio, ficaram presos na fronteira entre a Bielorrússia e seus vizinhos, tentando entrar no território da UE. No entanto, mais migrantes chegaram ao lado bielorrusso da fronteira com a Polônia no início deste mês.

Os confrontos começaram na semana passada entre soldados poloneses usando canhões de água e migrantes atirando pedras. Tensões semelhantes também ocorreram nas fronteiras da Bielorrússia com a Letônia e a Lituânia.

Putin e Lukashenko expressaram "séria preocupação com as ações brutais e inaceitáveis" dos guardas de fronteira poloneses contra os migrantes, afirmou um comunicado divulgado pelo Kremlin.

A UE tem culpado a Bielorrússia pela crise, enquanto Minsk negou a acusação e disse que está pronta para negociações.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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