Carros do futuro aguardam liberação para decolagem

Fonte: Diário do Povo Online    25.11.2021 13h19

O carro voador X2 produzido pela empresa chinesa XPeng é exibido na Exposição Internacional de Aviação e Aeroespacial da China em Zhuhai, província de Guangdong, em setembro. (Foto de Long Wei / China Daily)

Veículos voadores oferecem solução para o congestionamento do tráfego urbano

Os engarrafamentos são um problema comum em cidades de todo o mundo, seja Beijing, Tóquio ou Nova York, com alguns motoristas frustrados desejando poder voar sobre veículos que bloqueiam seu caminho.

Essas ambições poderão ser realizadas mais cedo do que muitos imaginam, com os "carros voadores", comumente conhecidos como veículos elétricos de decolagem e pouso vertical, ou eVTOLs, rapidamente se tornando uma realidade.

A HT Aero, afiliada da fabricante chinesa de veículos elétricos Xpeng, demonstrou um carro voador no final do mês passado, dizendo que planeja lançar esses veículos em 2024.

Os carros terão um design leve e rotores dobráveis, para que os veículos possam circular nas estradas antes e depois do voo. Com uma série de recursos de segurança, incluindo pára-quedas, cada veículo custará menos de 1 milhão de yuans (US$ 156.400), informou a empresa.

Globalmente, cerca de 250 empresas estão desenvolvendo e produzindo veículos voadores, e a lista está crescendo, de acordo com um relatório da consultoria McKinsey.

Robin Riedel, um parceiro da McKinsey, disse que o setor de carros voadores existe há mais de uma década e que a "convergência de várias tendências"lhe despertou o maior interesse.

"Em primeiro lugar, os serviços sob demanda mudaram a maneira como pensamos sobre a mobilidade. Em segundo lugar, há um foco na sustentabilidade, que esses veículos apoiam. Em terceiro lugar, há muitos fundos disponíveis de investidores que querem fazer parte do próximo grande acontecimento ", observou Riedel.

A HT Aero, que no mês passado arrecadou US$ 500 milhões em sua última rodada de financiamento, agora está avaliada em mais de US$ 1 bilhão. A startup Joby Aviation, com sede nos Estados Unidos, abriu o capital na Bolsa de Valores de Nova York em agosto, enquanto a Lilium, com sede na Alemanha, também planeja uma flutuação.

O emergente setor de veículos voadores, que agora é visto como uma solução séria para o congestionamento do tráfego urbano e uma nova alternativa para a mobilidade pessoal nas cidades, deve crescer e se tornar um mercado avaliado em US$ 1 trilhão em 2040 e US$ 9 trilhões em 2050, de acordo com a empresa global de serviços financeiros Morgan Stanley.

Os veículos voadores são normalmente do tamanho dos veículos comuns ou ligeiramente maiores. Apresentando rotores, ou asas e rotores, a maioria deles poderá voar a uma velocidades de 100 a 300 quilômetros por hora, além de transportar vários passageiros.

Alimentados por baterias, os carros têm peças menos complicadas que os veículos comuns e são mais seguros do que aeronaves leves, como helicópteros. Sem os motores tradicionais, são mais silenciosos. Além disso, a expectativa é de que sejam mais acessíveis do que os carros convencionais.

Fabien Nestmann, vice-presidente de relações públicas da Volocopter, empresa com sede na Alemanha que se concentra em tornar o voo uma opção para todos e em reinventar a mobilidade em áreas urbanas, disse: "Não queremos que isso seja um brinquedo para os ricos, mas parte de uma jornada bem integrada para qualquer pessoa em uma área urbana. Todos devem ter a opção de caminhar, dirigir, pedalar ou voar".

(Web editor: Fátima Fu, Renato Lu)

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