O Orçamento do Estado português para 2022, apresentado pelo governo do Partido Socialista (PS), foi rejeitado quarta-feira pela Assembleia da República.
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, ameaçou antes do debate parlamentar que dissolveria o parlamento e convocaria eleições antecipadas se o orçamento fosse rejeitado.
A Constituição de Portugal prevê que as eleições antecipadas devem ocorrer no prazo de 60 dias após a dissolução do parlamento.
O primeiro-ministro António Costa também prometeu que vai concorrer às eleições "para prestar contas e mobilizar os portugueses para a criação de condições de governabilidade que hoje não existem".
A crise política, a primeira do gênero em um atual governo desde que o país entrou na democracia em 1974, foi provocada pelo desentendimento entre o Partido Socialista (PS) no poder e o seu tradicional aliado Partido Comunista Português (PCP) e o Bloco de Esquerda.