Um painel consultivo da Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA, na sigla em inglês) endossou, na sexta-feira, uma dose de reforço da vacina Pfizer-BioNTech seis meses após a vacinação completa em pessoas com 65 anos ou mais e para indivíduos com alto risco de doença grave.
A decisão surge depois dos membros do Comitê Consultivo de Vacinas e Produtos Biológicos Relacionados da FDA terem votado contra o conselho da agência de aprovar reforços para qualquer pessoa com 16 ou mais anos, após horas de debate.
Os membros do comitê expressaram dúvidas sobre a segurança de uma dose de reforço em jovens adultos e adolescentes, e disseram que queriam ver mais dados sobre a segurança e eficácia a longo prazo de uma dose de reforço.
Uma decisão oficial da FDA é esperada nos próximos dias.
Um painel consultivo para os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês) também deverá se reunir na próxima semana para decidir como aplicar a decisão final da FDA, podendo ajustar a recomendação.
A administração do presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou recentemente um plano para começar a administrar doses de reforço à população geral durante a semana de 20 de setembro, enquanto se aguarda a aprovação da FDA e do CDC.
O CDC publicou dados na sexta-feira, demonstrando que as três vacinas contra a Covid-19 disponíveis nos Estados Unidos - Pfizer-BioNTech, Moderna e Johnson & Johnson - ainda fornecem forte proteção contra hospitalizações.
A vacina da Moderna forneceu 93% de proteção contra hospitalização, a da Pfizer foi 88% eficaz e a vacina da Johnson & Johnson foi de 71%, segundo o estudo do CDC.