É uma grande ironia que enquanto os Estados Unidos culpam a China pelo coronavírus e tenta propagar a teoria de vazamento de laboratório, rejeitaram investigações sobre suas próprias atividades de guerra biológica que potencialmente constituem um perigo para o mundo, escreveu uma editora de alto escalão do site de notícias e informações sul-africano Independent Online (IOL).
Shannon Ebrahim, editora para a Independent Media que possui o IOL, disse em um artigo de opinião recentemente que a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma pesquisa conjunta OMS-China sobre as origens da COVID-19, que concluiu que um vazamento do laboratório de Wuhan foi altamente improvável.
"Os EUA faziam parte do grupo de pesquisa OMS-China, mas continuam a lançar aspersões sobre a autenticidade do relatório. Mas mais de 80 países apoiaram o estudo conjunto OMS-China", escreveu ela.
Ebrahim disse que os EUA continuaram insistindo na culpabilidade da China, "mas o relatório dos Estados Unidos, que foi divulgado em 27 de agosto, foi amplamente criticado por ter politizado a questão e ser anticiência."
"Enquanto os EUA continuam a criar uma narrativa ao redor da China, escondem o fato de que é o maior financiador e implementador de pesquisa do coronavírus mundial", acrescentou Ebrahim.
Ela assinalou que os Estados Unidos têm mais de 200 laboratórios biológicos fora do país, mas a comunidade internacional não conhece nada sobre se as atividades naqueles laboratórios são consistentes com a Convenção sobre as Armas Biológicas. "Um incidente de segurança em qualquer um deles pode ter consequências catastróficas para o mundo", disse ela.
A China fez um pedido para a OMS investigar o laboratório biológico Fort Detrick e a Universidade de Carolina do Norte nos EUA em termos de rastreamento de origens da COVID-19, mas isto tem sido negado até agora, disse a colunista.
"Já que muitas perguntas ainda existem em torno das origens da COVID-19, essas investigações são imperativas a fim de fazer descobrimentos adequados e precisos", acrescentou.