A Embaixada da China no Brasil refutou no sábado (7) os ataques maliciosos à empresa chinesa Huawei, feitos pelo porta-voz da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Tobias Bradford.

Bradford divulgou na sexta-feira (6) uma declaração sobre a visita ao Brasil do Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, afirmando que os Estados Unidos expressaram fortes preocupações sobre o potencial papel da Huawei na área de instalações de comunicações no Brasil e em outros países.

Em resposta, o porta-voz da embaixada chinesa expressou forte insatisfação e oposição resoluta a este tipo de interferência na construção 5G de outros países e ao prejuízo à cooperação normal entre a China e o Brasil.

Os ataques dos EUA à segurança da tecnologia 5G e às empresas chinesas são mal-intencionados e infundados, e suas verdadeiras intenções são difamar o país, suprimir as empresas chinesas de alta tecnologia e garantir a política "América em primeiro lugar" e seu monopólio tecnológico, disse o porta-voz.

O porta-voz afirmou que os Estados Unidos são reconhecidos como o maior "império de hackers" do mundo e uma ameaça real à cibersegurança global, destacando que as agências de inteligência dos Estados Unidos conduziram atividades de vigilância e espionagem cibernéticas em grande escala e de forma organizada e indiscriminada, contra governos, incluindo dos seus aliados, empresas e indivíduos estrangeiros, com graves violações da privacidade e da segurança de terceiros.

Os EUA abusaram de seu poder nacional sem qualquer base em fatos para desacreditar as empresas de alta tecnologia da China, e seus atos descarados hegemônicos enfrentam e continuarão a enfrentar resistências amplas pela comunidade internacional, salientou o porta-voz.

"Acreditamos que o Brasil fornecerá regras de mercado abertas, justas e não discriminatórias para empresas de todos os países, incluindo a China, e continuará a criar um bom ambiente de negócios para a cooperação econômica e comercial China-Brasil", disse o porta-voz.