O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou na sexta-feira que estenderá a pausa nos empréstimos federais a estudantes pela última vez até 31 de janeiro de 2022 devido à pandemia de coronavírus.
"A pausa no pagamento foi uma salvação que permitiu que milhões de americanos focassem em suas famílias, saúde e finanças, em vez de empréstimos estudantis durante a emergência nacional", disse em comunicado o secretário de Educação, Miguel Cardona.
"O Departamento acredita que este tempo adicional e uma data final definitiva permitirão que os mutuários planejem a retomada dos pagamentos e reduzam o risco de inadimplência e negligência após o reinício", afirmou o comunicado.
Os pagamentos de empréstimos estudantis no país foram interrompidos desde que o Congresso aprovou a Lei CARES no ano passado, mas deveria terminar em setembro. Durante a pausa, os mutuários não precisam fazer pagamentos e não haverá incidência de juros sobre o saldo remanescente.
Cobrar contas de empréstimos estudantis de 1,6 trilhão de dólares americanos do país é uma tarefa difícil, mesmo em tempos normais, disseram analistas locais.
Enquanto isso, vários legisladores democratas argumentaram que o governo Biden não vai durar o suficiente na questão do empréstimo estudantil.
"Embora esse alívio temporário seja bem-vindo, ele não vai durar o suficiente. Nosso sistema de empréstimos estudantis quebrado continua exacerbando as lacunas de riqueza racial e retendo toda a nossa economia", disseram o líder da maioria no Senado, Charles Schumer, a senadora progressista, Elizabeth Warren e a legisladora democrata, Ayanna Pressley, em um comunicado.
O governo Biden cancelou 1,5 bilhão de dólares em dívidas de empréstimos estudantis no total, de acordo com um relatório do The Hill.