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Chanceler chinês pede cooperação da ASEAN para enfrentar desafios de segurança comuns

Fonte: Xinhua    09.08.2021 08h17

O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu nesta sexta-feira que os países da ASEAN pratiquem o verdadeiro multilateralismo e fortaleçam a solidariedade e a cooperação para manter a paz e a estabilidade regionais e responder conjuntamente a seus desafios de segurança comuns.

Wang fez o pedido ao participar da reunião de ministros de Relações Exteriores do 28º Fórum Regional da ASEAN através de videoconferência.

O diplomata chinês disse que a região deve consolidar a defesa contra a COVID-19 e responder conjuntamente aos desafios gerados pela pandemia. A China, até agora, proporcionou 460 milhões de doses de vacinas contra a COVID a outros países asiáticos, incluindo mais de 190 milhões aos países da ASEAN.

Wang pediu o fortalecimento da cooperação multilateral para responder conjuntamente aos desafios de segurança não tradicionais, assim como às questões relacionadas ao clima extremo, terrorismo, crime transfronteiriço e segurança cibernética, entre outras.

O chanceler pediu a manutenção da centralidade da ASEAN para evitar conjuntamente a confrontação geopolítica. Também pediu a prevenção de certas grandes potências de fora da região de promover novas estratégias regionais.

"Não deve haver mais 'conferencistas' nem 'salvadores'. O destino de cada país deve estar nas mãos destes próprios países e o futuro da região deve ser criado conjuntamente por todos os países da região", acrescentou Wang.

Ele indicou que os países da ASEAN devem defender o princípio de não interferência nos assuntos internos de outros países e responder conjuntamente ao desafio da política de poder. Acrescentou que os países não devem intrometer-se deliberadamente nos assuntos internos de outros países nem procurar sua agenda geopolítica egoísta com o pretexto da democracia.

Wang também pediu que os países da ASEAN continuem o diálogo pela paz para responder aos desafios dos assuntos críticos regionais. "A China está disposta a concluir o Código de Conduta no Mar do Sul da China que seja efetivo, substancial e de acordo com as leis internacionais, incluindo a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar".

Ao explicar a postura da China em relação ao Mar do Sul da China, o ministro disse que a interferência de países de fora da região constitui a maior ameaça para a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China e que o abuso da "liberdade de navegação" deve ser rejeitado pelos países da região.

Quanto à questão da Península Coreana, Wang disse que os exercícios militares conjuntos dos Estados Unidos e República da Coreia falharam em ser uma medida construtiva nas circunstâncias atuais.

A China continuará apoiando o avanço da desnuclearização da península de forma equilibrada e o estabelecimento de mecanismos de paz para lutar pela solução política da questão, acrescentou Wang.

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