Vacina inalada contra COVID-19 se mostra segura em primeira fase de testes em humanos

Fonte: Xinhua    30.07.2021 11h05

Uma vacina aerossolizada de vetor de adenovírus contra COVID-19 produzida na China mostrou-se segura na primeira fase de ensaios clínicos.

A vacina, baseada em vetor de adenovírus tipo 5 (Ad5-nCoV), foi desenvolvida conjuntamente pela Academia de Ciências Médicas Militares, Hospital Zhongnan da Universidade de Wuhan e outras instituições chinesas.

Trabalhos anteriores em modelos animais mostraram que uma única Ad5-nCoV protege contra a replicação do SARS-CoV-2 tipo selvagem no trato respiratório superior. A imunidade mucosa tem benefícios potenciais no desencadeamento da defesa imunológica mucosa e sistêmica, impedindo assim que patógenos invadam a superfície mucosa.

De acordo com o artigo publicado online na Lancet Infectious Diseases em setembro passado, 130 voluntários foram inscritos e aleatoriamente designados em cinco grupos para serem vacinados por injeção intramuscular, inalação de aerossol, ou ambos.

Os participantes dos dois grupos de aerossol receberam uma dose inicial alta ou baixa da vacina Ad5-nCoV no primeiro dia, seguido por um reforço no 28º dia.

O grupo de vacinação mista recebeu uma vacina intramuscular no primeiro dia, seguido por uma vacina de reforço aerossolizada no dia 28.

Os grupos intramusculares receberam uma dose ou duas doses de Ad5-nCoV no primeiro dia.

De acordo com o artigo, a vacina inalada é bem tolerada. Uma dose de Ad5-nCoV aerossolizada, equivalente a um quinto de uma dose intramuscular, induziu uma forte resposta. Após a primeira injeção no braço, uma vacina de reforço inalada no 28º dia induziu respostas robustas de anticorpos.

Hou Lihua, pesquisador da Academia de Ciências Médicas Militares, disse que a vacina não precisa ser injetada, e as reações adversas como dor no braço e inchaço não ocorrerão, o que pode melhorar a disposição das pessoas em serem vacinadas.

Enquanto isso, a dose da vacina inalada é muito baixa, o que equivale a um grande aumento na produção de vacinas e também resolve a questão de resíduos médicos, como seringas.

Atualmente, a vacina está na segunda fase de testes clínicos.

(Web editor: Milena Wang, Renato Lu)

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