Por Gu Yekai, Diário do Povo
O Gabinete de Informação do Conselho de Estado organizou uma coletiva de imprensa na manhã do dia 22 para abordar a questão do rastreio da origem do coronavírus.
Em 30 de março deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou oficialmente o relatório de pesquisa conjunto da OMS sobre as origens do novo coronavirus, lançando as bases para o rastreio da origem do vírus à escala global. As conclusões do relatório são científicas e o processo de geração adere a princípios científicos, disse Zeng Yixin, vice-chefe da Comissão Nacional de Saúde.
Por meio de esforços conjuntos com cientistas de vários países, a pesquisa de rastreio alcançou progressos positivos.
De acordo com Xu Nanping, vice-ministro da Ciência e Tecnologia, em 19 de julho, a China, os Estados Unidos, o Reino Unido e outras equipes estrangeiras publicaram em conjunto 225 artigos relacionados com o rastreio. Os especialistas em pesquisas científicas médicas chinesas e americanas também organizaram 6 intercâmbios de vídeo sobre a prevenção e controle de epidemias. O banco de dados do novo coronavirus, contando com o Centro Nacional de Bioinformática, coletou e compartilhou mais de 2,53 milhões de sequências de genes do novo coronavírus em todo o mundo, prestando serviços a cerca de 300.000 usuários em 177 países e regiões do mundo.
Em relação à segunda fase do plano de investigação da OMS sobre as origens da Covid-19, divulgada em 15 de julho, Zeng Yixin disse que ficou surpreso ao ver “a possibilidade do vazamento de laboratório” listado como um objetivo principal de pesquisa, “Isso revela desrespeito ao bom senso e uma atitude arrogante em relação à ciência.”
Até agora, nenhum dos membros da equipe do Instituto de Virologia de Wuhan (WIV) foi infectado pelo novo coronavírus, o laboratório não realizou o experimento sobre este tipo de vírus, sendo que não existe qualquer coronavírus artificial no instituto, reiterou Zeng.
“É particularmente importante que a equipe de especialistas da OMS tenha visitado pessoalmente o WIV para inspeções no local e concluiu que era "extremamente improvável" que o vírus se tenha espalhado de um vazamento de laboratório. Os especialistas são cuidadosamente selecionados pela OMS, são competentes e experientes nas suas áreas. Devemos respeitar suas conclusões”, afirmou.
“O plano da OMS para a próxima fase de investigação da origem do coronavírus não respeita o bom senso e é contrário à ciência. É impossível aceitarmos tal plano, disse Zeng.
O governo chinês tem apoiado o rastreio científico do vírus, mas nos opomos à politização deste processo. A segunda fase do rastreio deve ser ampliada com base na primeira fase. O que foi realizado na primeira etapa do rastreio da origem, especialmente aqueles que chegaram a uma conclusão clara, não deve ser repetido. A OMS deve promover ativa e prudentemente o trabalho de rastreio a ser realizado continuamente em vários países e regiões do mundo, com base em consultas completas e extensas entre os estados membros, acrescentou.
Atualmente, a origem natural do novo coronavírus se tornou um consenso geral na academia.
Wang Chen, vice-diretor da Academia Chinesa de Engenharia, diretor da Faculdade de Medicina da União de Beijing e diretor do Centro Nacional de Medicina Respiratória, disse que a transmissão da cadeia de congelados é um novo fenômeno digno de atenção. No atual contexto do comércio internacional, a circulação intensa de pessoas e bens no mundo aumentou a complexidade da transmissão de patógenos, algo ainda por estudar de modo aprofundado.
Como cientistas de muitos países continuam a estudar a rastreio do novo coronavírus, vários resultados indicam que o surgimento deste patôgeno em muitos lugares do mundo é anterior à data oficial. Liang Wannian, membro da equipe conjunta OMS-China, acredita que isso indica que Wuhan pode não ser o primeiro local de surto.
Wang Chen disse que o processo de rastreio é complexo e diverso. Portanto, se queremos "compreender a origem", devemos expandir nossos horizontes.
