Milhares de mulheres no exército do Reino Unido enfrentam assédio e intimidação, segundo relatório

Fonte: Xinhua    28.07.2021 09h42

Cerca de 64 por cento das veteranas britânicas e 58 por cento das mulheres atualmente servindo relataram ter sofrido intimidação, assédio e discriminação durante suas carreiras, revelou um relatório parlamentar no domingo.

Publicado pela Câmara dos Comuns (câmara baixa do Parlamento Britânico) do Subcomitê de Defesa sobre Mulheres nas Forças Armadas, o relatório afirmou que há evidências "verdadeiramente chocantes" de bullying, assédio e agressão sexuais e estupro vivenciado por mulheres em serviço.

Ao mesmo tempo, a maioria das mulheres que responderam a uma grande pesquisa do comitê disseram não acreditar que os militares fizeram o suficiente para resolver os problemas, já que seis em cada dez mulheres não relataram o bullying, o assédio e a discriminação que sofreram.

"Das que reclamaram, um terço classificou a experiência como extremamente ruim", acrescentou o relatório.

"Infelizmente, as histórias que ouvimos pintam um quadro difícil para as mulheres nas forças armadas. Relatos de bullying, assédio, discriminação, comportamento machista e, às vezes, agressão sexual e estupro graves. O sistema de denúncias, como está, é lamentavelmente inadequado e deixa a maioria se sentindo incapaz de relatar", disse a veterana Sarah Atherton, que preside o subcomitê.

Ela disse que o comitê ouviu acusações de oficiais superiores ocultando denúncias para proteger suas próprias reputações e carreiras.

"Fica claro com este relatório que mais pode e deve ser feito para proteger e prover as mulheres em serviço e as veteranas, que muitas vezes, não foram apoiadas pelo Ministério da Defesa. Onde houve injustiça, retificações devem ser feitas. A questão da agressão sexual e estupro nas forças armadas é urgente", disse Tobias Ellwood, presidente do Comitê de Defesa da Câmara dos Comuns.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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