China tem todo o direito de rejeitar adoção pela OMS da teoria de vazamento de laboratório, diz jornalista dos EUA

Fonte: Xinhua    26.07.2021 14h48

A China tem todo o direito de suspeitar do foco indevido que o Ocidente colocou no Instituto de Virologia de Wuhan, disse um jornalista dos EUA, observando que investigações tendenciosas e politização das origens da COVID-19 levariam apenas a mais perguntas do que respostas.

"A teoria de vazamento de laboratório é uma estrutura altamente politizada para buscar respostas sobre as origens da COVID-19. Não deveria ser surpresa se a China exercer cautela ao apoiar uma investigação com motivos nada imparciais", escreveu Danny Haiphong, um jornalista e pesquisador independente dos EUA, em um artigo de opinião publicado sexta-feira na China Global Television Network.

O artigo foi publicado depois que o vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde da China, Zeng Yixin, rejeitou na quinta-feira um plano de segunda fase proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com foco na teoria de vazamento de laboratório.

Zeng reiterou que os especialistas da OMS concordaram, depois de visitar a instituição de Wuhan, que era "extremamente improvável" que o vírus tivesse escapado de um laboratório.

Haiphong observou que a hipótese de vazamento de laboratório surgiu de forças políticas de extrema direita nos Estados Unidos no ano passado, enquanto o atual governo ainda insistiu na narrativa.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou uma investigação de inteligência sobre as possíveis origens da COVID-19 em Wuhan, depois que o Wall Street Journal afirmou que os trabalhadores do instituto de Wuhan adoeceram, disse ele.

Da mesma forma, em 2002, Michael Gordon, correspondente de segurança do Wall Street Journal, foi coautor de um relatório alegando que Saddam Hussein estava abrigando armas de destruição em massa no Iraque, o que foi influente na decisão dos EUA de invadir o Iraque. A guerra de oito anos causou apenas a morte de quase 1 milhão de pessoas e grande instabilidade na região, de acordo com o escritor.

"A COVID-19 é um fenômeno extremamente complexo. Provavelmente levará anos para que os especialistas científicos entendam completamente um vírus que facilitou essa crise histórica de saúde pública em todas as partes do mundo", disse ele.

Ao contrário das afirmações de Washington e do Ocidente de que a China não está sendo transparente na rejeição de uma investigação de vazamento de laboratório, "a China foi um modelo de transparência durante toda a crise da COVID-19. Funcionários da saúde e do governo na China trabalharam incansavelmente com a Organização Mundial da Saúde e países ao redor do mundo na luta contra a COVID-19 ", escreveu ele.

"Os EUA e o Ocidente, por outro lado, se apegaram à teoria das origens do vírus que se baseia, sem dúvida, nas instituições menos transparentes do mundo: suas próprias agências de inteligência", disse Haiphong.

(Web editor: Milena Wang, Renato Lu)

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