Um porta-voz chinês refutou mais uma vez na quarta-feira a teoria do "vazamento de laboratório" da COVID-19, dizendo que não passa de uma mentira.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, fez os comentários em uma coletiva de imprensa diária quando solicitado a comentar a afirmação promovida por algumas autoridades e mídia americanas de que três trabalhadores do Instituto de Virologia de Wuhan adoeceram em novembro de 2019, o que, segundo a alegação, acrescenta à credibilidade da teoria do "vazamento de laboratório".

"Se o lado dos EUA tem certeza do que afirma, prove", disse Zhao. "Quais são os nomes dos três trabalhadores? Que tipo de doença eles contraíram? Se está dizendo que testaram positivo para o novo coronavírus, onde está o relatório?"

"Deixe-me dizer o seguinte: o lado norte-americano não conseguiu mostrar as evidências porque está mentindo. Ele só busca demonizar e estigmatizar a China em nome da realização de estudos sobre as origens", disse o porta-voz.

Zhao destacou que, de acordo com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, a pesquisa mostrou que evidências de infecção em cinco estados dos EUA apareceram em dezembro de 2019. Na Flórida, 171 pessoas sem histórico de viagens à China apresentaram sintomas de coronavírus antes do primeiro caso relatado. O prefeito de Belleville, New Jersey, foi infectado em novembro de 2019, mais de dois meses antes do primeiro caso confirmado nos Estados Unidos. O surto de EVALI que varreu vários estados dos EUA em julho de 2019 causa sintomas pulmonares muito semelhantes aos da COVID-19.

"Os EUA podem explicar isso?" perguntou ele.

"O país sempre fica calado sempre que há uma chamada para uma investigação da OMS sobre Fort Detrick e os mais de 200 laboratórios biológicos dos EUA no exterior. Que segredos obscuros estão escondidos em Fort Detrick?" acrescentou o porta-voz.