Avanço da vacinação provoca queda de mortes e internações em hospitais por COVID-19 no Brasil

Fonte: Xinhua    15.07.2021 16h40

O avanço da vacinação no Brasil tem provocado uma diminuição de pacientes internados nos hospitais do país com COVID-19, bem como das mortes provocadas pela pandemia, afirmou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quarta-feira.

Em seu boletim semanal sobre a situação da pandemia no país, a Fiocruz ressaltou que, pela primeira vez desde dezembro passado, nenhum estado brasileiro tem mais de 90% dos leitos das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) ocupados, o que se atribui ao efeito da vacinação.

Apesar disso, quatro estados estão na zona de alerta crítico, com mais de 80% de leitos de UTI ocupados: Santa Catarina (82%), Goiás e Paraná (81%) e o Distrito Federal (80%).

A maior parte do Brasil se encontra na zona de alerta médio, com taxas de ocupação nas UTIs entre 60 e 80%, enquanto sete estados estão em alerta baixo, com uma ocupação inferior a 60%, com destaque para o Acre, com apenas 24%.

Entre as capitais, apenas Goiânia (centro) é a única com mais de 90% de leitos de UTI ocupados, mas a situação também é crítica em Brasília (80%), Rio de Janeiro e São Luis (81%). Doze das 27 capitais brasileiras estão fora da zona de alerta.

"As vacinas são especialmente efetivas na prevenção dos casos graves", afirmou a Fiocruz, que defendeu a manutenção do distanciamento social, do uso de máscaras e dos cuidados com a higiene, além de reforçar o apelo para que toda a população se vacine.

"A preocupação com a possibilidade do surgimento de variantes com potencial de reduzir a efetividade das vacinas disponíveis é pertinente e não se pode perdê-la de vista", acrescentou o texto.

O boletim destacou ainda que pela terceira semana seguida, houve uma redução da mortalidade provocada pela COVID-19 no Brasil, embora continue em patamares elevados. A taxa de letalidade está em torno de 3%, considerada alta.

Iniciada em todo o país em 18 de janeiro, a aplicação de vacinas contra a COVID-19 já imunizou até hoje apenas 15,17% com as duas doses ou dose única e 40,77% com a primeira dose.

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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