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Presidente chinês pede mais consenso com a UE

Fonte: Diário do Povo Online    06.07.2021 11h01

O presidente Xi Jinping em Beijing se reúne em uma cúpula virtual com o presidente francês Emmanuel Macron e a chanceler alemã, Angela Merkel, na segunda-feira. Ele exortou a China e a Europa a expandir seu consenso e cooperação a fim de desempenhar um papel importante na resposta adequada aos desafios globais. Foto: Yue Yuewei/Xinhua

O presidente Xi Jinping exortou a China e a União Europeia a expandir o consenso e a cooperação e a lidar racionalmente com suas disputas em um mundo que mais do que nunca precisa de cooperação, em vez de uma mentalidade de jogo de soma zero.

Ele fez o comentário em Beijing na segunda-feira (5), enquanto participava de uma cúpula por vídeo com o presidente francês Emmanuel Macron e a chanceler alemã, Angela Merkel. Dando seguimento a uma cúpula semelhante com os líderes em abril.

Guiados pelos princípios de respeito mútuo e buscando um terreno comum ao mesmo tempo em que arquivam as diferenças, a China e a UE expandiram a convergência de interesses por meio de sua parceria estratégica, disse Xi, conclamando as duas partes a manterem um curso estável nas relações bilaterais.

Ele disse que a China está disposta a facilitar o fluxo de pessoas com a França, Alemanha e outros países europeus, enquanto garante o controle da pandemia da Covid-19.

Xi disse que a China está pronta a trabalhar com a UE para realizar a 23ª reunião dos líderes China-UE em breve, iniciar os preparativos para os diálogos de alto nível em uma série de áreas e promover o reconhecimento mútuo e a proteção de produtos confiáveis, o que trará mais benefícios para o cotidiano das pessoas.

Desde que o acordo bilateral entre a China e a União Europeia sobre indicações geográficas entrou em vigor em março deste ano, um total de 134 produtos da UE estão protegidos na China e 110 produtos chineses estão protegidos na UE, observou ele.

À medida que a China continua se abrindo, disse Xi, ela espera que a UE proporcione um ambiente de negócios justo, transparente e não discriminatório para as empresas chinesas, de acordo com os princípios do mercado.

O presidente sublinhou a importância de defender o verdadeiro multilateralismo, afirmando que os assuntos internacionais devem ser tratados com calma por todas as partes através das negociações.

O que a China mais deseja é o seu próprio desenvolvimento em vez de substituir outros, disse Xi, observando que a Iniciativa do Cinturão e Rota visa criar mais oportunidades para o desenvolvimento compartilhado.

A China espera que a UE desempenhe um papel mais positivo nos assuntos internacionais, demonstre sua autonomia estratégica e, em conjunto, proteja a paz mundial, a estabilidade e o desenvolvimento, disse ele.

Durante a reunião, Xi também disse que a China apoiou ativamente a África para melhorar sua capacidade de fabricar vacinas.

Segundo Xi, a China assinou acordos de suspensão da dívida, ou chegou a entendimentos semelhantes, com 19 países africanos.

Ele também apelou à UE para fornecer mais vacinas para os países africanos com necessidades urgentes e ajudar a África a lidar com a pressão da dívida para ajudar o continente a realizar a recuperação econômica e o desenvolvimento com baixo teor de carbono o mais rápido possível.

Macron disse que a França está empenhada em levar adiante a cooperação com a China com uma atitude pragmática. A França também apóia a assinatura do acordo de investimento UE-China e dá as boas-vindas a mais empresas chinesas para investir no país, disse ele.

O lado francês está pronto para se comunicar com a China sobre questões como a reforma da Organização Mundial do Comércio e como lidar com a mudança climática, acrescentou.

Macron disse que seu país elogia o importante papel da China em fornecer acesso equitativo aos países em desenvolvimento às vacinas.

Merkel parabenizou a China por superar o impacto da pandemia e retomar seu desenvolvimento econômico.

Observando que a relação UE-China é de importância crucial, ela disse que as duas partes chegaram a um consenso em muitas áreas. Ambos os lados devem respeitar um ao outro e estreitar suas divisões fortalecendo o diálogo, acrescentou ela.

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