Povo brasileiro quer impeachment do presidente Bolsonaro

Fonte: Diário do Povo Online    05.07.2021 10h14

Ocorreram diversas manifestações no Brasil no sábado (3), protestando contra a ineficaz prevenção da epidemia por parte do governo e exigindo o impeachment do presidente Bolsonaro. Segundo o jornal Folha de São Paulo, este é o terceiro protesto nacional contra o presidente em 35 dias.

A revista Veja divulgou o protesto no sábado, afirmando que 800.000 pessoas participaram dos protestos em centenas de cidades, incluindo o Distrito Federal e capitais estaduais, exigindo o impeachment do presidente brasileiro, e o fornecimento de mais vacinas contra a Covid-19 para combater a epidemia.

Além disso, os manifestantes também pediram ao governo que fornecesse assistência emergencial mensal de 600 reais (cerca de 768 yuans) por pessoa, segundo a Veja.

De acordo com a Folha de São Paulo, cerca de 5.500 pessoas participaram das manifestações em São Paulo no sábado. À noite, houve um tumulto de pequena escala, a polícia e os manifestantes entraram em confronto e várias agências bancárias e rodoviárias foram destruídas.

Protestos contra Bolsonaro também se espalharam pela Europa. Paris, Lisboa, Genebra, Amsterdã, Viena, Berlim, Londres e até mesmo o Tour de France foram palco de protestos no sábado.

O portal de notícias brasileiro "G1" afirmou que Bolsonaro foi acusado de negligência no processo de licitação da vacina Covaxin de fabricação indiana.

A ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, autorizou na sexta-feira (2) no Ministério Público brasileiro a abertura do inquérito para investigar Bolsonaro, no caso da vacina indiana Covaxin.

No dia 25 de fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde do Brasil e a farmacêutica indiana Bharat Biotechnology Co., Ltd. assinaram um contrato para a compra de 20 milhões de doses da vacina contra o coronavírus produzida na Índia a um preço de 1,6 bilhão de reais, segundo pesquisa do G1.

De acordo com a pesquisa o preço da vacina Covaxin era de cerca de US$ 1,34 por dose, mas o Ministério da Saúde brasileiro definiu um preço de compra de US$ 15 por dose, e a negociação da compra durou apenas cerca de 3 meses. O tempo de negociação foi o menor, mas o preço era o mais alto.

Em 25 de junho, o deputado brasileiro Luís Miranda testemunhou perante a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, ou CPI da Covid, que Bolsonaro sabia que a compra da vacina Covaxin era suspeita de corrupção, mas não a impediu.

Em 30 de junho, vários partidos políticos brasileiros, organizações civis e parlamentares apresentaram uma "super petição" à Câmara dos Deputados, exigindo o impeachment de Bolsonaro.

O portal G1 afirmou que funcionários do Ministério da Saúde do Brasil também eram suspeitos de corrupção na compra das vacinas da AstraZeneca. A investigação revelou que, quando os funcionários responsáveis pela logística do Ministério da Saúde compram vacinas da AstraZeneca, eles exigem que os vendedores paguem um desconto de US$ 1 para cada dose.

Os funcionários envolvidos anunciaram sua renúncia, segundo o G1.

Nas manifestações de sábado, os participantes em muitos lugares ergueram notas de 1 dólar para zombar da corrupção do governo brasileiro. Mas segundo a Folha de São Paulo, Bolsonaro negou qualquer irregularidade na compra de vacinas pelo governo.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde do Brasil, a partir das 18 horas de sábado, o Brasil tinha mais de 54.000 novos casos confirmados de Covid-19 em um único dia, e um total de 18,74 milhões de casos confirmados; 1.635 novas mortes e um total de mais de 52 milhões de casos confirmados.

Os dados também mostraram que a partir de sábado, cerca de 36% das pessoas no Brasil haviam recebido pelo menos uma dose da vacina e 12,76% haviam completado as duas doses da vacinação. 

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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