Português>>Economia

China cria mecanismo de cooperação de comércio eletrônico com 22 países

Fonte: Diário do Povo Online    20.04.2021 10h20

Por Peng Xunwen, Diário do Povo

Base logística China-Cazaquistão em Lianyungang, Jiangsu. Foto: Wang Jianmin, Diário do Povo Online

Há não muito tempo atrás, Matthew Van der Le, um estudante da Universidade de Ghent, na Bélgica, comprou uma bicicleta chinesa Phoenix através de uma plataforma de comércio eletrônico internacional. A aparência do velocípede, juntamente coma relação qualidade/preço favorável foi determinante na escolha.

Durante o período de combate à pandemia, muitos europeus deram preferência à bicicleta em vez do metrô. As marcas de bicicletas chinesas, já presentes nas plataformas de comércio eletrônico internacional souberam aproveitar as circunstâncias.

Por seu turno, o entusiasmo dos consumidores chineses em comprar produtos importados é também cada vez maior. Chen Tingting, um residente de Urumqi, está acostumado a comprar cosméticos importados em uma plataforma de comércio eletrônico internacional. “A plataforma está cheia de grandes nomes genuínos e as mercadorias podem ser recebidas em um ou dois dias, o que é muito conveniente”. Basta abrir os miniaplicativos no WeChat e rapidamente é possível aceder a milhares de produtos internacionais.

Nos últimos anos, os países participantes da iniciativa do “Cinturão e Rota” fortaleceram continuamente a comunicação e a coordenação de políticas na área de comércio eletrônico. De acordo com dados do Ministério do Comércio da China, os países parceiros do "Comércio Eletrônico da Rota da Seda" aumentaram para 22. Existem atualmente 26.000 empresas de comércio eletrônico transfronteiriças operando na China. Em 2020, houve 5.688 novos registros, dos quais 3.130 desempenhavam a sua atividade nas províncias e cidades envolvidas na iniciativa do Cinturão e Rota.

Um trem expresso China-Europa repleto de móveis, peças automotivas e bens de consumo diário partiu recentemente da cidade de Ganzhou, na província de Jiangxi, com destino à Hungria e outros países. “No passado, não havia autorização de comércio eletrônico transfronteiriço em Ganzhou. Tínhamos de ir até Shenzhen para declarar as exportações. Atualmente, graças ao acesso ao ‘porto terrestre’ de Ganzhou, o trem China-Europa Express transporta diretamente as mercadorias para o exterior, " disse Hu Daofeng, responsável pela Jiangxi Great World Home Furnishing Co., Ltd., que despachou mercadorias por 5 vezes no trem China-Europa este ano.

"A prosperidade do ‘Comércio Eletrônico da Rota da Seda’ é o resultado da cooperação ativa e dos resultados ganha-ganha dos países participantes do 'Cinturão e Rota’", afirma Wang Wen, diretor do Instituto de Finanças de Chongyang da Universidade Renmin da China. Com cada vez mais países aderentes e a melhoria contínua da infraestrutura digital, os países participantes receberam dividendos de desenvolvimento tangíveis.

Em segundo lugar, as plataformas de comércio eletrônico chinesas e estrangeiras têm interagido online. A capacidade logística representada pelo expresso China-Europa está relacionada com o "offline" dos parques "Cinturão e Rota" a nível doméstico e externo para promover conjuntamente o desenvolvimento sólido do "Comércio Eletrônico da Rota da Seda".

Em terceiro, a transformação e atualização da estrutura industrial doméstica da China e a aceleração da construção de novas infraestruturas promoveram a formação de sistemas industriais internacionais distintos em várias regiões.

Nos últimos anos, as plataformas de comércio eletrônico chinesas, como JD.com, Suning e Tencent, fizeram esforços em mercados estrangeiros. Os dados revelam que, no negócio das compras online transfronteiriças da Rússia, as empresas chinesas de comércio eletrônico representaram metade do total; entre as principais plataformas de comércio eletrônico no sudeste da Ásia, as empresas chinesas tiveram um bom desempenho.

À medida que a construção do "Comércio Eletrônico da Rota da Seda" continua avançando, mais consumidores chineses e estrangeiros passarão a ter acesso à conveniência de "comprar no mundo, em casa".

Os especialistas acreditam que, para continuar a promover comércio eletrônico transfronteiriço, os países participantes na iniciativa do Cinturão e Rota devem reduzir as restrições alfandegárias, inspeções, impostos, taxas de câmbio, regulamentos, e acelerar a construção de canais integrados de alta eficiência e baixo custo. 

0 comentários

  • Usuário:
  • Comentar: