Manifestantes se reúnem em frente ao Departamento de Polícia do Brooklyn Center, em Minnesota, Estados Unidos, em 13 de abril de 2021. (Foto de Matthew McIntosh / Xinhua)
A ex-policial Kim Potter, que atirou no homem negro de 20 anos Daunte Wright no Brooklyn Center, no estado de Minnesota, nos EUA, será acusada de homicídio culposo pelo assassinato, disse um promotor na quarta-feira (14).
O procurador da Comarca de Washington, Pete Orput, disse que está entrando com uma acusação de homicídio culposo de segundo grau contra Potter, uma policial veterana de 48 anos que renunciou na terça-feira (13) e foi presa por agentes do Departamento de Apreensão Criminal de Minnesota (BCA, na sigla em inglês) na manhã de quarta-feira .
O BCA, que está investigando o tiroteio fatal, informou que Potter será autuada na Cadeia do Condado de Hennepin. A acusação de homicídio culposo em segundo grau pode acarretar a pena máxima de 10 anos de prisão, reportou a mídia local.
Os manifestantes entraram em confronto com a polícia pela terceira noite na terça-feira à noite na cidade, após a morte de Daunte Wright pela polícia numa blitz de trânsito no domingo (11). Em uma entrevista coletiva à meia-noite do mesmo dia, a Patrulha Estadual informou que ocorreram mais de 60 detenções.
Um dia antes de deixar o cargo na terça-feira, o então chefe de polícia da cidade, Tim Gannon, disse que Potter erroneamente usou a arma dela em vez de seu taser no tiro fatal, que ele descreveu como uma "disparo acidental".
O legista do condado de Hennepin afirmou que Wright morreu com um único tiro no peito e considerou a morte um homicídio.
"Nenhuma conclusão deve ser tirada até que a investigação seja concluída", disse a Polícia de Minnesota e a Associação dos Oficiais da Paz num comunicado na terça-feira, pedindo que os protestos sejam realizados pacificamente.
A família de Wright não está "preparada para dizer que foi um acidente", disse seu advogado, Jeffrey Storms, à CNN na terça-feira.
O Brooklyn Center é uma cidade de cerca de 31.000 habitantes e fica a apenas alguns quilômetros de Minneapolis, onde o julgamento do assassinato do ex-policial Derek Chauvin pela morte do homem negro George Floyd em maio de 2020 segue em andamento.
"Vamos lutar por justiça para esta família, assim como estamos lutando por nosso irmão", disse Philonise Floyd na terça-feira, endereçando condolências de sua família à família de Wright.
