A Autoridade do Canal de Suez (ACS) do Egito chegou a acordo com um construtor naval chinês para a construção de cinco rebocadores, cujo contrato será assinado em breve, segundo com o presidente da ACS, Osama Rabie, em declarações à Xinhua.
Sem mencionar o nome da empresa chinesa, Rabie observou que cada um dos cinco rebocadores terá uma força de tração de 80 toneladas.
"Já combinamos com a empresa chinesa que o primeiro rebocador será entregue ao Egito em 14 meses, o segundo em 20 meses e todos os cinco serão entregues em três anos", disse Rabie à Xinhua nesta segunda-feira, após uma cerimônia realizada na província de Ismailia, no nordeste do país, para marcar a recente chegada de uma draga gigante à ACS.
"É possível que cooperemos com a China na construção de rebocadores maiores", acrescentou Rabie, expressando sua confiança nas perspetivas de cooperação entre a ACS e a China.
"Na verdade, os chineses têm cooperado muito connosco", disse o chefe da ACS à Xinhua, destacando que as empresas chinesas são as primeiras a apresentar suas ofertas nas licitações e projetos lançados pela ACS.
No final de março, o enorme navio porta-contêineres do Panamá, Ever Given, voltou a flutuar com sucesso após ficar encalhado no Canal de Suez por quase uma semana, graças à cooperação entre a ACS e a empresa holandesa Boskalis, bem como sua equipe de resposta a emergências SMIT Salvage.
Rabie observou que a ACS está atualizando suas frotas de dragas e rebocadores, não apenas para facilitar a navegação no Canal de Suez, mas também para se preparar para operações de resgate dentro e fora da ACS.
Mostafa Kenawy, chefe do departamento de dragagem da ACS, disse que além dos cinco rebocadores a serem construídos na China, a maior parte das peças nas oficinas da ACS são "fabricadas na China".
"Temos uma cooperação ampla com a China e estamos prestes a realizar uma licitação para a construção de uma nova draga. As empresas chinesas são bem-vindas a apresentar suas ofertas", disse o funcionário da ACS à Xinhua em uma entrevista a bordo da draga recém-recebida.
Ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho, o Canal de Suez foi oficialmente aberto para navegação internacional no final de 1869, passando a permitir que os navios viajassem entre a Europa e o Sul da Ásia sem percorrer o continente africano.