Duas pesquisadoras da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China, refutaram as alegações de "trabalho forçado" sobre os trabalhadores uigur em uma entrevista recente à Xinhua.
Nilufer Gheyret e Chen Ning, ambas pesquisadoras visitantes na Universidade de Jinan, na Província de Guangdong, no sul da China, publicaram um relatório em março depois de conduzir uma pesquisa de campo entre 70 trabalhadores de minorias étnicas de cinco empresas, ajudando a explicar o emprego dos trabalhadores de minorias étnicas de Xinjiang na província.
O relatório concluiu que as três principais razões para os entrevistados trabalharem em Guangdong são a busca por uma renda mais alta, a indicação por um familiar ou amigo e um bom ambiente natural e social. Os entrevistados que indicaram esses motivos respondem por 36%, 24% e 15% do total, respectivamente.
"Não importa a razão, todos eles estão vindo para trabalhar em Guangdong por vontade própria", disse Nilufer Gheyret, ela mesma uma uigur, denunciando as falsas alegações de que são "forçados" a trabalhar nas fábricas.
"Eles podem sair livremente quando quiserem, se não quiserem trabalhar nesta empresa, podem mudar de empresa ou voltar para sua terra natal em Xinjiang", acrescentou.
Nilufer Gheyret também observou em seu relatório que os direitos dos trabalhadores de participar de práticas religiosas e outras atividades são garantidos.
"Durante seus dias úteis, também podem praticar suas crenças religiosas", informou ela.
Os trabalhadores de Xinjiang têm os mesmos direitos que seus colegas do grupo étnico Han em termos de salários e ganham cerca de 4.500 yuans (US$ 688) a 5.500 yuans por mês, de acordo com o relatório.
Chen disse que sua pesquisa descobriu que os trabalhadores viviam felizes em Guangdong, já que muitos deles encontraram melhores recursos educacionais para seus filhos, aprimoraram suas habilidades de trabalho ou economizaram o suficiente para criar uma nova empresa em sua terra natal.
"Como nativos de Xinjiang, não queremos ver essas mentiras espalhadas na internet e ter um efeito adverso", afirmou Nilufer Gheyret. "Queremos que mais pessoas conheçam a situação real desses trabalhadores e como trabalham e vivem."
"É seu direito buscar uma vida melhor por meio do trabalho duro e isso é normal em todo o mundo", acrescentou.