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Estudo indica efetividade da vacina chinesa CoronaVac contra variante brasileira da COVID-19

Fonte: Xinhua    08.04.2021 15h09

A vacina CoronaVac tem pelo menos 50% de efetividade contra a P1, variante brasileira do coronavirus Sars-Cov-2, segundo um estudo científico internacional realizado na cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas (norte), com 67.718 profissionais do setor de saúde.

O estudo foi feito pelo grupo internacional de cientistas Vebra COVID-19, que, em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, em São Paulo, informou que a CoronaVac " continua sendo eficaz para reduzir o risco de doença sintomática em um cenário de predominância da variante P1 superior a 50%".

"Essas descobertas apoiam o uso contínuo dessa vacina no Brasil e em outros países com circulação dessa variante", afirma a nota do Vebra COVID-19.

A CoronaVac é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Life Science, em colaboração com Instituto Butantan, uma instituição ligada ao governo do estado de São Paulo, que até agora entregou 38,2 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.

O Vebra COVID-19 é integrado por pesquisadores de entidades brasileiras, como as secretarias de Saúde dos estados de São Paulo e Amazonas, do laboratório federal Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e da Universidade de Brasília, bem como de centros estrangeiros como o Instituto pela Saúde Global de Barcelona, a Escola de Saúde Pública de Yale, a Universidade de Medicina de Stanford e da Universidade da Flórida.

"Conseguimos avaliar 14 dias depois da primeira dose e, mesmo assim, (a vacina) resultou ser efetiva e com valor de 50%", disse o coordenador do estudo, Julio Croda, infectologista da Fiocruz, em declarações reproduzidas pelos canais CNN Brasil e Globonews.

Segundo Croda, a CoronaVac, a mais aplicada no Brasil desde 17 de janeiro, continua funcionando para a variante e o Brasil pode continuar usando essa vacina nos estados onde (a variante) é dominante.

A cepa do Amazonas surgiu em novembro em Manaus e, devido a seu alto grau de disseminação, está sendo considerada pelos especialistas como uma das causas da onda de contágios e letalidade que pôs o país como líder mundial de mortes desde março.

O Brasil registrou nesta quarta-feira 3.869 mortes por COVID-19, cifra levemente inferior ao recorde de 4.195 óbitos contabilizado na véspera, elevando o total oficial de mortos desde o início da pandemia no país, há um ano, a 340.776.

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