O vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, chega ao local das negociações do acordo nuclear com o Irã em Viena, Áustria, em 6 de abril de 2021.
Um enviado chinês exigiu na terça-feira (6) que os Estados Unidos cessem todas as sanções ilegais contra o Irã e sua "jurisdição de braço longo" contra terceiros e indivíduos, após as negociações do acordo nuclear com o Irã terem sido retomadas em Viena.
Diplomatas seniores da China, França, Alemanha, Rússia, Grã-Bretanha e Irã se reuniram no Grand Hotel Wien. No topo da agenda está o levantamento das sanções contra o Irã e as medidas de implementação nuclear.
A reunião da Comissão Conjunta do Plano de Ação Abrangente Conjunto (JCPOA, na sigla inglesa), conhecida como acordo nuclear com o Irã, atraiu a atenção do público, já que representantes dos Estados Unidos estão em Viena para salvar o acordo.
Os EUA devem suspender todas as sanções ilegais contra Teerã, e o lado iraniano deverá retomar o cumprimento total do acordo nuclear de 2015 com base nisso, disse Wang Qun, enviado chinês às Nações Unidas e outras organizações internacionais em Viena, após a reunião.
Wang disse que a retirada dos EUA do negócio e sua pressão máxima contra o Irã é a raiz da situação atual. Portanto, o retorno antecipado dos EUA ao acordo é a chave para resolver o problema.
"O pedido justificado da parte lesada deve ser confirmado e satisfeito primeiro (...) Os EUA devem suspender todas as sanções contra Teerã e, com base nisso, o Irã poderá retomar total conformidade com o acordo nuclear", disse Wang em um comunicado.
Ele enfatizou que a China se opõe firmemente a quaisquer sanções unilaterais ilegais impostas pelos EUA e salvaguardará seus direitos e interesses legítimos.
Wang acrescentou que a China apoia os esforços da Comissão Conjunta na criação de dois grupos de especialistas, um sobre o levantamento de sanções e questões nucleares e o outro sobre o "contato estreito" com os EUA. Ele disse que a China espera que os dois grupos possam alcançar progressos o mais rápido possível.
A China continua a apoiar inabalavelmente o JCPOA e espera que todas as partes possam aprimorar seu senso de urgência, aproveitar as oportunidades atuais e colocar o JCPOA de volta nos trilhos por meio de negociações justas e razoáveis, observou Wang.
Ele garantiu que a China está disposta a trabalhar com todas as partes para continuar avançando na solução política da questão nuclear do Irã e a se empenhar para restaurar a implementação total do acordo de 2015 o mais cedo possível.