A China continuará desenvolvendo áreas que recentemente emergiram da pobreza, estimulando a produção agrícola e melhorando as condições de trabalho e de vida nas regiões rurais, segundo o Relatório de Trabalho do Governo divulgado na sexta-feira (5).

Os esforços intentam consolidar e expandir os benefícios resultantes da campanha de alívio da pobreza, que, mesmo em meio à pandemia da Covid-19, tirou mais de 55 milhões de residentes rurais da pobreza extrema durante o período do 13º Plano Quinquenal (2016-2020) e erradicou a pobreza do continente chinês.

Os condados que saíram da pobreza irão receber um "período de transição" de cinco anos, durante o qual a grande assistência permanecerá inalterada, disse o relatório entregue pelo premiê Li Keqiang na sexta-feira na 4ª sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN), o principal órgão legislador da China.

As autoridades oferecerão apoio de acompanhamento para a população que foi reassentada de áreas inóspitas e darão seguimento na assistência para evitar que as pessoas voltem à pobreza, destacou o relatório.

As autoridades irão trabalhar para garantir que os trabalhadores migrantes rurais － que são mais vulneráveis a inadimplências salariais － recebam seu pagamento em dia e na íntegra, além de acelerar o desenvolvimento das indústrias rurais enquanto fortalecem as economias em nível de condado para criar empregos locais, disse.

Enquanto a China realiza a transição do alívio da pobreza para o foco na vitalização de seu vasto campo, o relatório afirmou que uma série de condados antes empobrecidos nas regiões ocidentais da China serão escolhidos para assistência à vitalização rural.

A China manterá seus esforços para concretizar avanços tecnológicos importantes na agricultura, proteger melhor as terras cultiváveis e prevenir que essas áreas sejam usadas para fins não agrícolas, garantindo assim a segurança alimentar, disse o relatório.

A China também realizará ações para estabilizar a produção de suínos e prevenir doenças de animais e plantas, acrescentou.

"Estamos decididos a garantir a segurança alimentar para nossas 1,4 bilhão de pessoas e sabemos que temos condições de conquistar isso", disse Li durante a entrega do relatório.