MRE da China rejeita acusações sobre direitos humanos em Xinjiang

Fonte: Diário do Povo Online    24.02.2021 10h24

A China rejeitou as acusações de "genocídio", "trabalho forçado" e "repressão religiosa" na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, dizendo que a porta para Xinjiang está sempre aberta e que a região acolheria uma visita do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

O Conselheiro de Estado e Ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, fez a observação na segunda-feira ao discursar na reunião de alto nível da 46ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU por meio de videoconferência.

As acusações são fabricadas a partir da ignorância e do preconceito. “São simplesmente um exagero malicioso e com fins políticos e não poderiam estar mais longe da verdade”, disse Wang.

Ele acrescentou que pessoas de muitos países que visitaram Xinjiang se familiarizaram com os fatos e a verdade no local.

Wang reiterou que a essência das questões relacionadas com Xinjiang é o combate ao terrorismo violento e ao separatismo.

Graças aos esforços da população local de todos os grupos étnicos, não houve nenhum caso de terrorismo violento por mais de quatro anos em Xinjiang, disse, acrescentando que a região goza de estabilidade social e atravessa um bom momento de desenvolvimento. O povo de Xinjiang está vivendo uma vida segura e feliz, reforçou.

"Com base na lei, Xinjiang garante a liberdade de crença religiosa das pessoas", disse Wang na reunião de três dias, que termina na quarta-feira em Genebra.

A população e os trabalhadores de todos os grupos étnicos em Xinjiang podem escolher a sua profissão, sendo esta respaldada pelos benefícios dos direitos trabalhistas, disse ele.

A China continuará a promover o diálogo internacional e a cooperação em matéria de direitos humanos, disse Wang, ressalvando que o país se opõe ao uso de dois pesos e duas medidas para fazer ataques caluniosos a outros países ou usar os direitos humanos como pretexto para interferir nos assuntos de outros países.

"Os direitos humanos não são o monopólio de um pequeno número de países e menos ainda devem ser usados como ferramenta para pressionar outros países, interferindo em seus assuntos internos", disse Wang.

A governança global dos direitos humanos deve ser promovida por meio de consultas entre todos os países, e os benefícios do progresso dos direitos humanos devem ser compartilhados por pessoas de todos os países, disse Wang.

O ministro exortou à defesa da universalidade e das especificidades dos direitos humanos. A Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos estabeleceram ideais elevados e princípios básicos para o avanço dos direitos humanos, os quais devem ser observados e divulgados por todos os países, disse. Ao mesmo tempo, devem promover e proteger os direitos humanos à luz de suas realidades e das necessidades de seu povo, acrescentou.

Wang enfatizou também a filosofia dos direitos humanos centrada nas pessoas, dizendo que o aumento do sentido de ganho, felicidade e segurança das pessoas é a busca fundamental dos direitos humanos, bem como o objetivo final da governança nacional.

Na terça-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, criticou a Câmara dos Comuns do Canadá por votar a favor da declaração do tratamento da China à população minoritária uigur como "genocida" e por pedir aos líderes canadenses que convocassem o Comitê Olímpico Internacional para transferir os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 de Beijing.

Wang Wenbin disse que a China apresentou duras representações junto das autoridades canadenses.

A moção ignorou os fatos e o bom senso e violou as leis internacionais e normas básicas que regem as relações internacionais, disse o porta-voz.

Alguns políticos canadenses politizam abertamente os esportes, sendo que tal conduta é contrária à Carta Olímpica, prejudicando as Olimpíadas e os interesses dos atletas de todo mundo, disse ele.

Alguns indivíduos no Canadá nunca visitaram Xinjiang ou qualquer outra parte da China, mas estão politicamente manipulando a questão de Xinjiang sob o pretexto dos direitos humanos e espalhando desinformação e mentiras, as quais atropelam os valores que afirmam defender, disse ele.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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