A China tornou-se o maior parceiro comercial da União Europeia (UE) em 2020 depois que tanto as exportações como as importações aumentaram apesar da pandemia de Covid-19, informou a Eurostat nesta segunda-feira.
De acordo com o serviço estatístico da UE, as importações do bloco vindas da China em 2020 cresceram 5,6% ano ao ano, para 383,5 bilhões de euros (US$ 465 bilhões), enquanto as exportações, 2,2%, para 202,5 bilhões de euros.
Ao mesmo tempo, o comércio de bens com os Estados Unidos, que lideravam a lista de parceiros comerciais da UE até o início de 2020, teve um declínio substancial em ambos os sentidos.
A UE também testemunhou um maior comércio com o restante do mundo em dezembro de 2020, um aumento de 6,6 bilhões de euros em relação ao mesmo mês de 2019, o primeiro aumento anual desde que foi atingida pela pandemia.
Em 2020, o mercado único sofreu uma queda de 9,4% nas exportações de bens e de 11,6% nas importações. Com as indústrias amplamente afetadas pelas medidas de confinamento no ano passado, a energia registrou de longe a queda mais acentuada entre todos os setores, seguida por alimentos e bebidas, matérias-primas e produtos químicos.
As cifras da Eurostat na segunda-feira mantêm conformidade com os dados oficiais da China publicados em meados de janeiro, que mostraram que o comércio com a UE cresceu 5,3%, para 4.495,77 bilhões de yuans, ou cerca de 600 bilhões de euros, em 2020.
Enquanto as importações e exportações totais de bens da China expandiram 1,9% ano a ano, para 32,16 trilhões de yuans (US$ 5 trilhões) em 2020, um novo recorde, o aumento do comércio com a UE foi mais do que o dobro da taxa média de crescimento.
O resultado fala plenamente "da forte resiliência e importância da cooperação econômica e comercial China-UE", disse Zhang Ming, chefe da Missão Chinesa na UE, em um webinário no mês passado com o think tank europeu Friends of Europe.