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Origem animal do coronavírus ainda por identificar: equipe conjunta China-OMS

Fonte: Diário do Povo Online    10.02.2021 09h32
Origem animal do coronavírus ainda por identificar: equipe conjunta China-OMS
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A descoberta da nova sequência viral do coronavírus sugere que o vírus originou da transmissão zoonótica, mas o hospedeiro ainda não foi identificado, disse Liang Wannian, líder do lado chinês da equipe conjunta China-OMS em Wuhan, província de Hubei, na terça-feira.

Liang fez os comentários depois que a Missão Conjunta China-OMS, que consiste de 17 especialistas chineses e 17 especialistas de 10 outros países, concluiu o estudo na China sobre a origem do coronavírus.

Em estudos anteriores, os cientistas apuraram que os coronavírus em morcegos e pangolins têm sequências genéticas muito semelhantes às do SARS-CoV-2, o vírus responsável pela Covid-19.

A semelhança, porém, não é suficiente para provar que os morcegos e os pangolins sejam os hospedeiros diretos do novo coronavírus, segundo Liang.

Ele mencionou que animais como martas e gatos são altamente suscetíveis ao novo coronavírus, sugerindo que tais espécies poderiam ser hospedeiros potencialmente naturais.

O vírus saltou provavelmente de um animal para um hospedeiro intermediário e depois para os humanos.

Peter Ben Embarek, um dos especialistas da equipe da OMS, disse que a equipe veio a Wuhan com dois objetivos: compreender melhor o início do surto de coronavírus em Wuhan em dezembro de 2019 e estudar como tudo se desenrolou, ou seja, como o vírus surgiu e infetou as pessoas.

Não há nenhuma mudança dramática no quadro inicial de Wuhan, segundo ele. Todavia, os especialistas melhoraram a compreensão sobre a situação inicial com novos detalhes, acrescentou.

Ele disse que a equipe conjunta China-OMS conduziu uma avaliação científica de quatro rotas possíveis de como o vírus chegou aos humanos: o vírus pulou diretamente dos animais para os humanos, o vírus foi transmitido de um animal para um hospedeiro intermediário e depois para os humanos, o vírus foi transportado na cadeia de produtos congelados, ou, por fim, o vírus vazou de um laboratório.

A pesquisa em Wuhan concluiu que o vírus provavelmente saltou de um animal para um hospedeiro intermediário e depois para os humanos.

No entanto, o especialista da OMS descartou a possibilidade de que o novo coronavírus tenha sido produzido em laboratório, dizendo que é muito improvável e que não trabalharão nessa hipótese de rastreamento no futuro.

Embarek exortou os países a expandir o banco de dados global de vírus, incluindo os dados de sequência genética de vírus relacionados, e a verificar a possibilidade de mais casos de infeção precoce em todo o mundo.

Os cientistas irão coletar mais amostras de morcegos, não apenas de China, mas também em outros países.

A forma como o vírus entrou no mercado de frutos do mar de Huanan é ainda desconhecida, de acordo com Liang.

O vírus pode ser transmitido por meio de pessoas infetadas, produtos contaminados, alimentos congelados e animais, disse Liang.

Em dezembro de 2019, houve transmissões substanciais de coronavírus entre os cidadãos em Wuhan, sendo que a maioria dos casos foram relatados na segunda metade do mês.

O mercado de frutos do mar de Huanan foi um dos locais onde ocorreram infeções concentradas, o que chamou a atenção das autoridades locais de controle e prevenção de doenças no estágio inicial. No entanto, o rastreamento e a análise dos primeiros casos em Wuhan foram mostrados quando os casos foram encontrados no mercado de marisco, quando havia também casos emergentes em outros pontos da cidade.

Pesquisadores na China também realizaram uma ampla verificação em aves domésticas e animais selvagens em Hubei e outros lugares. Nenhuma evidência sugere que o novo coronavírus tenha circulado entre esses animais antes e depois do surto. 


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