Três casos da variante brasileira do Amazonas (norte) da COVID-19 foram detectados na cidade de São Paulo (sudeste), o que confirmou que essa cepa já está circulando pelo resto do Brasil, informaram autoridades sanitárias nesta terça-feira.

A variante batizada de P1, a qual se atribuiu a escalada de casos e mortes no colapso sanitário de Manaus, capital do Amazonas, foi confirmada em São Paulo pelo Instituto Adolfo Lutz.

Os primeiros quatro casos dessa variante do Amazonas tinham sido detectados no início de janeiro em quatro japoneses que regressaram a seu país depois de ter estado naquela região.

Segundo a Secretaria de Saúde do estado de São Paulo, "o vírus foi sequenciado a partir de amostras de pessoas que "tinham histórico de viagem a Manaus ou eram moradoras da cidade".

Esses são os primeiros registros da nova variante em território brasileiro, fora do Amazonas.

Segundo a cientista Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo, "tudo indica que a variante tem uma capacidade de contágio maior, sendo o principal vetor dos casos de Manaus".

O estado de Amazonas entrou em colapso este mês com a lotação dos hospitais públicos com infectados pela COVID-19 e devido ao esgotamento dos cilindros de oxigênio medicinal para manter com vida os pacientes hospitalizados.

Segundo cientistas do Observatório da COVID-19 citados pela Rede Globo, essa nova variante viaja com os infectados e as principais rotas aéreas com Manaus são São Paulo, a maior cidade do país, Brasília, a capital federal, além de Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza.