O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, publicou em suas redes sociais na segunda-feira que a exportação de 5.400 litros de insumos para a vacina CoronaVac está "em vias de envio ao Brasil" e deveriam chegar nos próximos dias, acrescentando que a liberação dos insumos para a vacina AstraZeneca/Oxford também está sendo "acelerada".
O presidente brasileiro agradeceu ainda a alguns de seus ministros e também a “sensibilidade do Governo chinês”.
Após a publicação de Bolsonaro, o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, disse que a China está junto com o Brasil na luta contra a pandemia e continuará a ajudar dentro de suas possibilidades. A União e a solidariedade são os caminhos corretos para vencer a pandemia", afirmou.
No dia 17 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil aprovou o uso de emergência da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e da vacina de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Fiocruz.
De acordo com a folha de São Paulo, a autorização de uso emergencial envolve 6 milhões de doses da vacina CoronaVac e 2 milhões de doses da vacina de Oxford. O Instituto Butantan pode fornecer todas as vacinas CoronaVac prontas, no entanto a vacina de Oxford ainda não está disponível.
Um dia depois, o Ministério da Saúde deu início à vacinação contra a Covid-19 em todo o país para os grupos prioritários. A primeira brasileira vacinada é Mônica Calazans, 54, enfermeira da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
Segundo o G1, o Instituto Butantan deverá receber 5,4 mil litros de insumo para vacina até 3 de fevereiro, com qual o Butantan produzirá, em 20 dias, cerca de 8,6 milhões de doses do imunizante. A expectativa é a de receber, até abril, o total de insumo para produção das 40 milhões de doses contratadas.
Segundo a Sputniknews, “Para que a vacina reduza efetivamente a transmissão da doença, terá que ocorrer um momento onde mais da metade de toda população esteja vacinada”, afirmou o professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Alessandro Pasqualotto, relembrando que em relação com o tamanho da população, os insumos enviados pela China podem ser insuficientes.
Pasqualotto concliu que até que metade da nossa população seja vacinada, é muito importante que toda a gente siga com as medidas de distanciamento social e o uso de máscaras.
O acordo do governo paulista com a Sinovac prevê o recebimento total de 46 milhões de doses. Desse montante, 6 milhões foram importadas prontas da China.