A amizade entre China e África permanece sólida e estável, independentemente da situação internacional que enfrentem e das dificuldades, obstáculos ou interrupções que encontrem, avalia o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.
Ele fez os comentários durante uma entrevista ao Diário do Povo depois de concluir no sábado suas visitas a cinco países africanos: Nigéria, República Democrática do Congo, Botswana, Tanzânia e Seychelles.
Observando que a China é o maior país em desenvolvimento, enquanto a África é o continente onde os países em desenvolvimento estão mais concentrados, Wang disse que os dois lados têm uma amizade tradicional profunda.
Na causa da independência e libertação das nações africanas, a China e a África foram bons camaradas de luta e bons irmãos em todas as condições e, no processo de modernização do continente, são bons parceiros para o desenvolvimento comum e bons amigos para cooperação de benefício mútuo, acrescentou.
Enquanto isso, na defesa dos direitos e interesses comuns dos países em desenvolvimento e na promoção de uma maior democracia nas relações internacionais, a China e a África também trabalham ombro a ombro e estão lado a lado, apontou ele.
Durante sua visita, a mensagem enviada por China e África ao mundo é muito clara, assinalou Wang.
Os dois lados valorizam a tradição de amizade e estão determinados a levá-la adiante. Ambos afirmam seu forte apoio um ao outro e juram salvaguardar conjuntamente a soberania e dignidade nacionais, explicou ele.
Os dois lados assumem a missão de revitalização nacional, estão prontos para dar as mãos para salvaguardar seu legítimo direito ao desenvolvimento, estão comprometidos com a equidade e a justiça, defendem o verdadeiro multilateralismo e se opõem a qualquer interferência externa, acrescentou.
Em meio à incomum pandemia da COVID-19 e mudanças globais sem precedentes, e enfrentando a contracorrente do unilateralismo, protecionismo e política de poder, a China e a África estão trabalhando juntas na mesma direção para reunir a poderosa força dos 2,7 bilhões de chineses e africanos, o que constitui a maior garantia para salvaguardar seus interesses comuns, ressaltou o chanceler.
Daqui para frente, a China e a África fortalecerão ainda mais a coordenação estratégica para enriquecer sua parceria de cooperação estratégica abrangente, aprofundarão a cooperação de benefício mútuo em diversas áreas para acelerar o desenvolvimento comum, e intensificarão o intercâmbio cultural e interpessoal para melhorar o entendimento mútuo e a amizade entre os dois povos, garantiu Wang.
A China e a África também aumentarão a coordenação em assuntos internacionais para ajudar a moldar a ordem internacional em direção a uma maior justiça e equidade, e continuarão a criar um entendimento comum para construir conjuntamente uma comunidade China-África ainda mais forte com um futuro compartilhado, acrescentou.