O presidente francês, Emmanuel Macron, saudou no sábado os esforços da União Europeia e da China nos últimos anos para fazerem avançar o Acordo de Paris e deu as boas-vindas "de volta" aos Estados Unidos neste esforço global pelo qual a "ação deve ser imediata".
"Continuamos avançando e trabalhando juntos, apesar da escolha americana", disse Macron na Cúpula da Ambição Climática 2020, convocada conjuntamente pela Organização das Nações Unidas, Grã-Bretanha e França.
Ele se referiu à decisão tomada em 2017 pelo presidente cessante dos EUA, Donald Trump, de retirar o acordo legalmente vinculativo de Paris adotado em 2015 com o objetivo de fortalecer a resposta global à ameaça das mudanças climáticas.
"Quero muito saudar a mobilização europeia e a formidável cooperação durante estes anos com a China", acrescentou o presidente francês.
Macron também saudou a decisão do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, de voltar a aderir ao Acordo de Paris. "Bem-vindo de volta, bem-vindo ao lar!", disse ele.
"Não temos muito tempo pela frente e a ação deve ser imediata", observou Macron. "Devemos dar a nós mesmos um caminho e meios confiáveis para alcançar a neutralidade de carbono até 2050".
O Acordo de Paris, adotado por 196 partes na Conferência do Clima de Paris de 2015 (COP21), entrou em vigor no dia 4 de novembro de 2016. Seu objetivo é limitar o aquecimento global a bem abaixo de 2 graus Celsius, de preferência a 1,5 graus Celsius, em comparação com níveis pré-industriais.
Para atingir essa meta de temperatura de longo prazo, os países pretendem atingir o pico global de emissões de gases de efeito estufa o mais rápido possível para alcançar um clima neutro em meados do século.
Na Cúpula da Ambição Climática 2020 em andamento por meio de videoconferência, espera-se que os países estabeleçam novos e ambiciosos compromissos para a COP26 em novembro do próximo ano em Glasgow, Grã-Bretanha.