Mais países descartam viés político após Emirados Árabes Unidos e Bahrein aprovarem vacinas chinesas

Fonte: Diário do Povo Online    14.12.2020 10h24

Depois dos Emirados Árabes Unidos, o Bahrein foi o segundo país a aprovar uma vacina chinesa para a Covid-19, anunciando no domingo a aprovação de uma vacina desenvolvida pelo China National Biotec Group (CNBG) da Sinopharm.

Os analistas afirmaram que a medida ajudará mais países, especialmente nos continentes americano e europeu, a pôr de lado o viés político e a aumentar sua confiança nas vacinas chinesas.

A Autoridade Reguladora Nacional de Saúde do Bahrein aprovou a vacina após revisar dados de testes clínicos de Fase III em vários países que demonstraram 86% de eficácia, informou a mídia no domingo (14).

A vacina demonstrou também uma taxa de soroconversão de 99% de anticorpos neutralizantes e 100% de eficácia na prevenção de casos moderados e graves da doença, de acordo com relatos da mídia.

O número foi igual ao revelado pelos Emirados Árabes Unidos há poucos dias de um candidato desenvolvido pelo Instituto de Produtos Biológicos de Beijing, da CNBG, que os Emirados Árabes Unidos aprovaram em 9 de dezembro.

As autoridades de saúde do Bahrein não esclareceram qual das duas vacinas da CNBG foi aprovada, mas especialistas contatados pelo Global Times consideram que foi a vacina desenvolvida pelo instituto de Beijing.

Tao Lina, uma especialista em vacinas radicadas em Shanghai, disse ao Global Times no domingo que não é surpreendente que os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein tenham aprovado uma vacina chinesa, enquanto outras candidatas desenvolvidas pela Moderna e Pfizer / BioNTech só foram aprovadas para uso de emergência em alguns países , dado que as vacinas baseadas em vírus inativados são uma tecnologia experimentada e testada e têm se mostrado repetidamente seguras.

O Bahrein no início deste mês concedeu autorização de emergência para a vacina da Pfizer, que é baseada na tecnologia de mRNA, segundo a imprensa local.

Tanto os Emirados Árabes Unidos quanto o Bahrein participaram dos testes clínicos internacionais de Fase III do CNBG, que começaram no final de junho.

Em 14 de setembro, os testes foram realizados em mais de 10 países com cerca de 60.000 voluntários, disse Yang Xiaoming, chefe do CNBG, em um fórum em Beijing no sábado.

De acordo com Yang, como as linhas de produção de segundo estágio do CNBG devem ser concluídas este mês, a capacidade de produção está estimada em 1 bilhão de vacinas em 2021.

O Egito, outro país que participou dos testes internacionais de Fase III do CNBG, disse que está negociando com o lado chinês a produção em massa no país.

Estes projetos demonstraram a confiança depositada nas vacinas da China, e isso encorajará mais países, especialmente os americanos e europeus, a descartarem seu preconceito e a terem confiança nas vacinas desenvolvidas pela China, disse Tao.

A Hungria deverá receber amostras da vacina de um fabricante chinês para teste, disse na quinta-feira (10) um secretário de Estado do Ministério das Relações Exteriores local, segundo a mídia local.

O país buscará a aprovação doméstica de emergência de uma vacina chinesa Covid-19, em vez de esperar normalmente por uma revisão da Agência Europeia de Medicamentos da UE, disse o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, em sua página no Facebook.

“A segurança da vacina não é uma questão política ou ideológica, mas profissional”, afirmou. “Se os especialistas derem o seu aval, começaremos imediatamente a redigir o contrato de importação da vacina”.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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