O governo brasileiro anunciou nesta segunda-feira ter repassado 59,4 milhões de reais (US$ 11,8 milhões) para que os estados invistam na chamada "rede de frio", ou em equipamentos usados na refrigeração de vacinas e de salas de imunização, como câmaras refrigeradas, freezers e ar-condicionado.
Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo é dar apoio financeiro aos estados do país para que fortaleçam o "Programa Nacional de Imunizações", promovendo resposta qualificada e efetiva ao serviço de imunização nacional para o enfrentamento da Covid-19.
A distribuição do dinheiro dependerá do tamanho da população dos estados, sendo São Paulo e Rio de Janeiro os que receberão os maiores valores: 11,3 e 4,8 milhões de reais (US$ 2,26 milhões e US$ 960 mil), respectivamente.
Das quatro vacinas que estão na fase final de testes no Brasil, três precisam de um resfriamento entre 2 e 8 graus e uma precisa ser conservada a pelo menos 70 graus negativos - o que supõe um desafio para muitos estados brasileiros.
Até agora, o governo brasileiro não divulgou o plano definitivo de vacinação, o que será feito quando as vacinas estiverem registradas na Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) já alertou que a maior parte dos países latino-americanos não está preparada para receber as vacinas contra a Covid-19, pois a maioria necessita ser armazenada em temperaturas muito baixas.