Por Du Haitao, Diário do Povo
De acordo com estatísticas alfandegárias, nos três primeiros trimestres deste ano, o valor total das importações e exportações da China no comércio de mercadorias foi de 23,12 trilhões de RMB, um aumento de 0,7% face ao mesmo período do ano passado. Desse montante, as exportações foram de 12,71 trilhões de yuans, um aumento de 1,8%, e as importações, de 10,41 trilhões de yuans, uma redução de 0,6%.
Porto de águas profundas de Yangshan, Shanghai, China. Hao Donglei/Diário do Povo Online
Li Kuiwen, porta-voz da Administração Geral das Alfândegas e diretor do Departamento de Análise Estatística, disse que, desde o início deste ano, face ao impacto da epidemia de Covid-19, a China intensificou a sua resposta macroeconómica. Vários resultados significativos têm sido alcançados no planejamento geral de prevenção e controle epidemiológico e no desenvolvimento socioeconômico. Por outro lado, continuam a surgir os efeitos da estabilização das políticas de comércio exterior - significativamente melhores do que o esperado. Em termos de crescimento, as taxas de crescimento das importações e exportações no primeiro, segundo e terceiro trimestres foram de -6,5%, -0,2% e 7,5% respetivamente, demonstrando uma tendência de evolução que se distancia da queda acentuada no primeiro trimestre para uma estabilização no segundo trimestre e uma recuperação total no terceiro trimestre.
Li Kuiwen disse que, ao analisar os dados do comércio externo dos três primeiros trimestres, as seguintes características saltam à vista:
As exportações demonstraram forte resiliência. O aumento acumulado nos três primeiros trimestres foi de 1,8%, superando as expectativas do mercado. Os materiais anti-epidemiológicos impulsionaram um crescimento das exportações de 2,2%, e o das matérias-primas da "economia nacional" de 1,1%. A retomada do trabalho e da produção na China tem impulsionado o aumento dos pedidos de exportação de forma ordenada.
A demanda das importações está aumentando continuamente. A China assumiu a liderança na retomada do trabalho e da produção mundial, consolidando e ampliando continuamente os resultados da prevenção e controle epidemiológico e da recuperação econômica. A economia nacional continuou a recuperar de forma constante, o que também levou a uma retomada das importações. No terceiro trimestre, a China teve importações no valor de 3,88 trilhões de yuans, um aumento anual de 4,3%.
A participação no mercado internacional tem aumentado continuamente. De acordo com o cálculo dos dados comerciais mensais das principais economias, divulgados pela OMC, de janeiro a julho, a participação da China no mercado internacional de importações e exportações foi de 12,6%, sendo a participação das exportações de 13, 8%, e a participação das importações de 11,3% - um aumento de 1%, 1,1% e 0,8%, respectivamente, em relação ao ano anterior. A participação no mercado internacional de importações e exportações combinadas e separadamente, atingiu valores recorde.
Nos três primeiros trimestres, as importações e exportações das empresas privadas aumentaram significativamente e o papel de "estabilizador" do comércio externo ganhou maior destaque. As importações e exportações de empresas privadas chinesas foram de 10,66 trilhões de yuans, um aumento anual de 10,2%, representando 46,1% do valor total do comércio externo da China - aumento de 4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.
As importações e exportações dos principais parceiros comerciais mantiveram o crescimento, sendo a ASEAN o maior parceiro comercial da China. Nos primeiros três trimestres, as importações e exportações para a ASEAN, UE, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul foram de 3,38 trilhões de yuans, 3,23 trilhões de yuans, 2,82 trilhões de yuans, 1, 61 trilhões de yuans e 1,45 trilhões de yuans, respetivamente, um aumento de 7,7%, 2,9%, 2%, 1,4% e 1,1%, entre os quais, a ASEAN foi o maior parceiro de comércio da China, com uma representação de 14,6% do valor total do comércio exterior da China.
Li Kuiwen disse que este ano, a alfândega propôs 56 medidas para estabilizar o comércio exterior e o investimento estrangeiro pretendendo, assim, melhorar continuamente o nível de facilitação do despacho aduaneiro.
Em setembro, o tempo total do despacho aduaneiro de importações e exportações para o país foi de 35,02 horas e 1,86 horas, respetivamente, 64,04% e 84,87% a menos que em 2017. O tempo total de despacho alfandegário para importações e exportações diminuiu por 5 meses consecutivos. Este ano, várias medidas foram tomadas para reduzir ou dispensar taxas de importação de depósito atrasados, taxas de atraso e isenção de juros nas vendas internas de produtos de processamento comercial - etapas que as empresas reduziram, renunciaram, economizando um total de quase 200 milhões de yuans.
Nos primeiros três trimestres, as importações e exportações totais da China para países ao longo da iniciativa do "Cinturão e Rota" foram de 6,75 trilhões de yuans, um aumento de 1,5%. Desses números, as exportações foram de 3,85 trilhões de yuans, um aumento de 2,8%, e as importações, 2,9 trilhões de yuans, uma queda de 0,3%. As importações e exportações para alguns dos principais países comerciais têm crescido rapidamente. Entre eles, as importações e exportações para o Vietnã, Turquia, Polônia e Tailândia aumentaram 18,5%, 17,1%, 13% e 10,9%, respectivamente.
"Desde este ano, a Administração Geral das Alfândegas tem coordenado a promoção da prevenção e controle de epidemias e a cooperação econômica e comercial do Cinturão e Rota, disse Li Kuiwen.
Entre as várias medidas, a primeira é promover totalmente o conceito de cooperação de "costumes inteligentes, fronteiras inteligentes, compartilhamento inteligente". A segunda é aprofundar a cooperação na prevenção e controle de epidemias. A terceira está promovendo vigorosamente o desenvolvimento do trem China-Europa. A quarta é apoiar ativamente a promoção da cooperação de reconhecimento mútuo AEO (operador certificado).
A alfândega chinesa tem feito todos os esforços para promover o reconhecimento mútuo internacional AEO por meio de vários métodos flexíveis. Até o momento, assinou acordos de reconhecimento mútuo com 15 economias, incluindo União Europeia, Japão e Coréia do Sul, abrangendo 42 países e regiões, sendo responsáveis por 50% dos países e regiões do sistema AEO, com 19 países participantes no Cinturão e Rota.
