Geng Shuang: É injusto, irracional e inviável pedir à China para participar nas negociações trilaterais do control de armas

Fonte: Diário do Povo Online    13.10.2020 09h25

Geng Shuang, o chefe da delegação chinesa e representante permanente adjunto da China nas Nações Unidas, discursou no debate geral do Comitê de Desarmamento e Segurança Internacional na 75ª sessão da Assembleia Geral da ONU, no dia 12, tendo criticando as "negociações trilaterais de controle de armas" que os Estados Unidos defenderam recentemente.

Geng Shuang salientou que os Estados Unidos têm recentemente vindo a colocar na China o rótulo de "terceira maior potência nuclear do mundo", apregoando vigorosamente a "corrida aos armamentos nucleares EUA-Rússia-China" e alardeando as "negociações trilaterais de controle de armas".

Trata-se apenas de um truque estadunidense para desviar as atenções internacionais, com o objetivo de criar uma desculpa para a sua recusa em cumprir suas responsabilidades especiais pelo desarmamento nuclear e encontrar razões para estabelecer uma superioridade militar absoluta.

Geng Shuang disse que a China adere a uma estratégia nuclear de autodefesa e sempre mantém sua força nuclear no nível mais baixo exigido para a segurança nacional. Ela não se envolveu em nenhuma corrida às armas nucleares com nenhum país no passado. A energia nuclear da China não é da mesma ordem de magnitude dos Estados Unidos e da Rússia. É injusto, irracional e inviável exigir que a China participe nas negociações trilaterais de controle de armas. A China não concordará e nunca aceitará qualquer coerção ou chantagem, asseverou o representante chinês.

Geng Shuang enfatizou que a não participação da China nas chamadas "negociações de controle de armas trilaterais" não significa que a China descure suas próprias responsabilidades de desarmamento nuclear e se recuse a participar dos esforços internacionais nesse sentido.

Desde o primeiro dia em que ficou na posse de armas nucleares, a China defendeu a proibição e a total destruição de armas nucleares, declarou que não será o primeiro país a usar armas nucleares em qualquer momento e sob quaisquer circunstâncias, e prometeu incondicionalmente não usar ou ameaçar usar armas nucleares contra países sem estes armamentos.

A China é o único país entre as cinco potências nucleares a ter assumido esse compromisso, estando disposta a conduzir diálogos significativos com outros países sobre questões de segurança estratégica, com base no respeito mútuo, e continuará a participar das discussões sobre o controle de armas no âmbito das Nações Unidas e da Conferência sobre o Desarmamento das Cinco Potências Nucleares. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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