Visita de Xi a Shenzhen aumentará a confiança no desenvolvimento de HK

Fonte: Diário do Povo Online    13.10.2020 11h03

A visita do presidente chinês Xi Jinping a Shenzhen, província de Guangdong, Sul da China, para marcar o 40º aniversário do estabelecimento da Zona Econômica Especial, ajudará a inspirar a tão necessária confiança para o desenvolvimento futuro da cidade vizinha de Hong Kong, cuja economia foi abalada por motins e a pandemia da Covid-19, disseram os observadores, notando que Hong Kong tem que se aproximar do continente chinês para alcançar um melhor desenvolvimento.

Xi deve fazer um discurso no evento na quarta-feira, de acordo com a Agência de Notícias Xinhua.

A Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, foi convidada a participar do evento de aniversário da Zona Econômica Especial de Shenzhen, anunciou ela numa entrevista coletiva na segunda-feira.

Lam afirmou que participar do evento em Shenzhen é "significativo", já que Hong Kong é um contribuidor e beneficiário do rápido desenvolvimento de Shenzhen. "Temos total confiança e expectativas de cooperação futura entre Shenzhen e Hong Kong", disse ela.

Fan Peng, membro da Associação Chinesa de Estudos de Hong Kong e Macau, disse que a presença de Lam beneficiará enormemente o desenvolvimento de Hong Kong. Lam irá compreender melhor o papel de Shenzhen na liderança da reforma e abertura ao longo das décadas anteriores e orquestrará planos para convergir profundamente o desenvolvimento de Hong Kong com o de Shenzhen.

Ecoando Fan, Tian Feilong, especialista em assuntos de Hong Kong da Universidade Beihang em Beijing, disse que o plano do governo central para Shenzhen solidificou o papel de liderança da cidade no desenvolvimento da Grande Baía, que representa uma oportunidade e um desafio para a vizinha Hong Kong .

Lam também anunciou que a RAEHK adiará o discurso de política anual deste ano, que estava originalmente agendado para quarta-feira, dizendo que pretende entregar o discurso de política anual até o final de novembro, depois de visitar Beijing para buscar apoio à política de governo central.

Lam disse que foi convidada a visitar a capital este mês após o evento de Shenzhen e discutir uma lista de medidas para o desenvolvimento de Hong Kong com funcionários do governo central.

"As medidas cobrem uma ampla gama de campos e não podem ser decididas por um único ministério, e algumas das medidas exigirão que a Chefe do Executivo visite Beijing para realizar uma reunião de coordenação com diferentes ministérios para buscar o apoio do governo central", explicou Lam.

Mas o adiamento foi alardeado por alguns meios de comunicação estrangeiros, incluindo o Guardian, como representando o plano de Lam de "agradar Beijing" e mostrando sua "incapacidade" de governar a região.

"É um espírito de ser realista e acompanhar os tempos", disse Fan ao Global Times. "Os tomadores de decisão de Hong Kong perceberam que o desenvolvimento da RAEHK depende mais do continente chinês do que nunca."

Fan afirmou que "todas as decisões serão tomadas pelo governo da RAEHK independentemente, mas isso não impede o governo central de expressar seu apoio e de Hong Kong tomar a iniciativa de entrar em contato, o que também é o resultado da situação"

"A direção futura de Hong Kong precisa ser encontrada pelo povo de Hong Kong", observou Tian. "Não é uma ordem, mas depende da disposição e capacidade de Hong Kong de participar da política central."

"Certo exagero da mídia não conseguiu ver a inevitável cooperação e conexão que existe entre Hong Kong e o continente chinês, que Lam percebeu", disse Tian. "Hong Kong precisa ser integrado ao continente mais do que antes, especialmente em meio à escalada das tensões China-EUA e da pandemia da Covid-19."

O governo de Hong Kong observou uma queda na sua previsão do PIB para o ano todo de 2020 de 6 a 8%, prevista em 4 a 7% anunciada no final de abril.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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