Shen Deping, residente na vila de Bayin em Chaka, província de Qinghai, arruma as camas no hotel administrado por sua família. Graças às ligações ferroviárias, vários turistas visitando o lago de sal de Chaka, permitindo que as famílias como a de Shen tenham uma vida melhor. [Foto / Xinhua]
A Ferrovia Qinghai-Tibete, a maior e mais longa ferrovia do mundo, não só tornou as viagens convenientes para os residentes no planalto Qinghai-Tibete, mas também proporcionou prosperidade local.
"Nossas vidas mudaram muito desde que nos mudamos para a região de Chaka", disse Shen Deping, moradora do vilarejo de Bayin. Junto com outros moradores, Shen se mudou com a família para escapar à pobreza em 2016.
"Antes de me mudar para aqui, plantava trigo, cevada e outras colheitas para conseguir sustento. Tínhamos uma vida difícil", disse. Graças à expansão do turismo proporcionada pela ferrovia, Shen, como vários outros moradores, conseguiu deixar a pobreza.
Bayin fica próximo do lago de sal de Chaka, uma atração turística popular na província de Qinghai. O governo local incentivou os moradores a administrar hotéis e lhes concedeu subsídios.
Em 2016, o China Railway Qinghai-Tibet Group lançou um serviço turístico com destino na atração, o qual já realizou mais de 500.000 viagens.
Os hotéis familiares de Shen têm sido populares, especialmente durante as férias do Dia Nacional deste ano, entre 1 e 8 de outubro.
"Alguns clientes reservaram seus pedidos com mais de um mês de antecedência", disse. Desde o lançamento do serviço de trem, a família dobrou sua renda e chega a conseguir ganhar cerca de 300.000 yuans (US $ 44.000) por ano.
"Estou planejando expandir nosso negócio e contratar mais funcionários, disse Shen. Será possível dobrarmos nossa receita novamente”.
Além do turismo, a ferrovia promoveu também o desenvolvimento da logística no planalto. Mais de 800 famílias na vila de Sema na cidade de Lhasa, capital da região autônoma do Tibete, escaparam da pobreza em 2015 graças à indústria.
"Não havia nem um aparelho elétrico satisfatório em minha casa antes de a ferrovia ser aberta ao tráfego", disse Nyima Tserin, uma moradora de Sema.
Em 2007, a vila criou uma empresa de logística com o apoio do governo local. Inicialmente com 30 minivans, a empresa agora tem mais de 100 vans de grande porte.
"A renda per capita dos moradores aumentou para 10.000 yuans em 2018 em relação aos 2.000 yuans originais", disse Nyima Tserin. "Nosso trabalho de gerenciamento logístico é bem maior que antes".