O governo brasileiro anunciou nesta quinta-feira que pretende comprar pelo menos 140 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus no primeiro semestre de 2021 e a previsão é que a vacinação comece no primeiro trimestre.

Segundo o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, as 140 milhões de doses serão obtidas através da iniciativa COVAX Facility, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e com a compra das vacinas produzidas pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.

Com a COVAX, a previsão é vacinar 20.242.106 pessoas, divididas em três grupos: pessoas de 80 anos ou mais, pessoas com problemas de saúde e profissionais da área da saúde.

Todas as vacinas candidatas a serem fornecidas pela COVAX preveem a aplicação de duas doses para a imunização completa, assim como a da AstraZeneca/Oxford. Isso significa que se conseguirá imunizar a cerca de 70 milhões de pessoas, 33% da população.

O governo prevê a produção nacional da vacina no segundo semestre e estuda também acordos com outros fornecedores.

Atualmente, o governo brasileiro está traçando a estratégia a ser seguida para imunizar a população tão logo haja vacina. Até o momento, decidiu-se que todos deverão se identificar através de seu CPF (uma identidade fiscal) para que se possa controlar eventuais reações à vacina.

"Diferente de outras campanhas de vacinação, essa exigirá a identificação do cidadão, através do CPF. Esse registro permitirá um controle constante de eventos adversos, já que todos os sistemas de comunicação estarão conectados", ressaltou Franco.

Outra das propostas busca criar um modelo de certificação de vacinação em PDF, com dados em QRCode, que será emitido em uma plataforma online do Ministério da Saúde.