Nações Unidas: vice-representante permanente da China deixa “5 advertências aos EUA"

Fonte: Diário do Povo Online    09.10.2020 13h59

O embaixador Dai Bing, representante permanente adjunto da China nas Nações Unidas, exerceu seu direito de resposta no terceiro comitê da Assembleia Geral da ONU e refutou as acusações do seu homólogo americano relativas à pandemia do coronavírus e a questões de direitos humanos. Segue abaixo um resumo na primeira pessoa.

Os EUA parecem não ter aprendido com o fracasso total da campanha anti-China, ignorando os apelos justos dos Estados membros pela unidade e cooperação. Mais uma vez acusaram injustificadamente a China, fizeram uso abusivo da plataforma das Nações Unidas para espalhar boatos, provocar confrontos e servir propósitos da sua política interna. A China se opõe firmemente a esta conduta.

Quero alertar os EUA de que é errado, fútil e irresponsável desacreditar a China no contexto da pandemia.

Em primeiro lugar, a China conteve a propagação da doença. Nos últimos dias, durante as férias do Dia Nacional e do Festival do Meio do Outono, cerca de 700 milhões de pessoas viajaram em segurança. Por seu turno, o número de pessoas infetadas nos Estados Unidos ultrapassou os 7 milhões, tendo a Casa Branca confirmado dezenas de casos nos últimos dias.

Em segundo lugar, o povo chinês valoriza seus heróis. O acadêmico Zhong Nanshan foi agraciado com a "Medalha da República" e ao doutor Li Wenliang, citado pelos Estados Unidos, foi concedido o título de mártir. Temos também orgulho na dedicação dos nossos médicos. Seria expectável que os Estados Unidos respeitassem médicos especialistas como Anthony Fauci e tratassem com o devido valor aqueles que anunciaram surtos como o ex-capitão do porta-aviões USS Roosevelt.

Por fim, a China insiste na importância suprema da vida. De recém-nascidos a centenários, todos tiveram direito a tratamento completo. O número de mortes nos Estados Unidos ultrapassou as 210.000.

Gostaria de comunicar aos EUA que a sociedade de Xinjiang é estável e próspera, e que pessoas de todos os grupos étnicos vivem em harmonia. Existem em Xinjiang 24.400 mesquitas, com um rácio de uma mesquita por 530 muçulmanos - mais de 10 vezes o número de mesquitas nos Estados Unidos. A proporção supera inclusive muitos países muçulmanos. Entre 2010 a 2018, a população uigur em Xinjiang aumentou de 10,17 milhões para 12,71 milhões - mais de 25%, o equivalente a mais de dez vezes em comparação com o aumento da população han. A alegada "esterilização compulsória" é completamente falsa! Gostaria de perguntar aos EUA: Xinjiang recebe anualmente mais de 200 milhões de turistas nacionais e estrangeiros. Nos últimos anos, quase 100 grupos e mais de 1.000 pessoas de mais de 90 países visitaram Xinjiang. Será que algum deles viu os “campos de concentração” onde milhões de uigures são detidos?

Quero também reiterar que Hong Kong passou por uma série de distúrbios violentos graves no ano passado. O parlamento foi vandalizado, várias pessoas foram feridas, deputados legislativos foram esfaqueados, empresas foram paralisadas e a vida local mergulhou no caos. O povo de Hong Kong está profundamente entristecido com isso. Nenhum país soberano pode ficar sentado de braços cruzados. Após a implementação da Lei de Segurança Nacional de Hong Kong, 80% dos residentes locais acreditam que Hong Kong é mais segura. Ontem, 55 países fizeram declarações conjuntas para apoiar a posição da China sobre a questão de Hong Kong. Espero que os EUA ouçam e percebam que esta é a voz justa da comunidade internacional. Afinal quem deseja a estabilidade e prosperidade e quem planeja lançar Hong Kong no caos? O mundo compreende claramente a situação.

Os EUA devem perceber que o mundo de hoje enfrenta vários desafios, pelo que a comunidade internacional espera que as grandes potências assumam responsabilidades acrescidas. Os Estados Unidos, por outro lado defendem primeiro seu próprio país, abandonando a Organização Mundial de Saúde em um momento crítico, intimidando e sancionando outros países à vontade e minando arbitrariamente a cooperação multilateral. Os Estados Unidos travaram guerras em todo o lado e impuseram unilateralmente sanções, causando centenas de milhares de mortes inocentes de civis e milhões de refugiados. Apesar das dificuldades financeiras das Nações Unidas, os Estados Unidos estão atualmente com dívidas atrasadas de mais de US $ 3 bilhões. Os EUA estão obstinadamente do lado oposto da comunidade internacional e frequentemente isolados no Conselho de Segurança. Os Estados Unidos tornaram-se infratores dos direitos humanos básicos em outros países e em uma fonte de problemas nas Nações Unidas. Que autoridade têm para atuar como exemplo e criticar os direitos humanos em outros países?

Pergunto, por fim, aos EUA: qual é a situação dos direitos humanos na China? O povo chinês tem mais voz. A taxa de apoio do povo chinês ao seu governo supera os 90%. Sob a liderança sólida do Partido Comunista da China, o povo chinês está avançando corajosamente em direção à realização do grande objetivo do rejuvenescimento da nação chinesa. Qualquer força que pretenda impedir o desenvolvimento e o progresso da China fá-lo-á em vão. Pede-se aos EUA que abandonem a mentalidade da Guerra Fria e o preconceito ideológico, que aceitem o progresso histórico do desenvolvimento dos direitos humanos do povo chinês e parem de espalhar mentiras e “vírus políticos”. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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