O presidente chinês, Xi Jinping, pediu na quarta-feira ao mundo que aja junto e urgentemente para avançar na proteção e desenvolvimento em paralelo e reverter efetivamente a perda de biodiversidade.
Falando na Cúpula da ONU sobre a Biodiversidade, Xi destacou os principais riscos na perda de biodiversidade e degradação do ecossistema, e fez quatro propostas.
"Primeiro, precisamos aderir à civilização ecológica e aumentar o impulso para a construção de um mundo lindo", assinalou Xi, apontando o fato de que a biodiversidade é a base para a sobrevivência e a prosperidade do ser humano.
A civilização industrial, embora crie vasta riqueza material, causou crises ecológicas que se manifestam na perda de biodiversidade e danos ambientais, disse ele.
O mundo precisa encontrar uma maneira para o ser humano e a natureza viverem em harmonia, equilibrar e coordenar o desenvolvimento econômico e a proteção ecológica, e trabalhar juntos para construir um mundo próspero, limpo e bonito, disse ele.
Em segundo lugar, Xi enfatizou a defesa do multilateralismo e a construção da sinergia para a governança global do meio ambiente.
Instrumentos internacionais como a Convenção sobre a Diversidade Biológica, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática e o Acordo de Paris representam importantes realizações da cooperação multilateral e desfrutam de amplos apoio e participação, disse Xi.
Os países devem salvaguardar firmemente o sistema internacional centrado nas Nações Unidas e defender a santidade e a autoridade das regras internacionais para fortalecer a governança global sobre o meio ambiente, segundo o presidente.
A terceira proposta de Xi é continuar com o desenvolvimento verde e aumentar o potencial de recuperação econômica de alta qualidade após COVID-19.
Globalmente, o coronavírus causou estragos em todos os aspectos do desenvolvimento econômico e social, observou ele, pedindo que os países tenham visão de longo prazo e permaneçam no curso para um desenvolvimento verde, inclusivo e sustentável.
Por último, Xi pediu aos países que fortaleçam o poder de ação para enfrentar os desafios ao meio ambiente.
Os países precisam defender o princípio de responsabilidades comuns mas diferenciadas, garantir a distribuição justa e equitativa dos benefícios e acomodar as preocupações dos países em desenvolvimento com financiamento, tecnologia e desenvolvimento da capacidade, disse ele.