Como os EUA podem se olhar como “referência”?

Fonte: Diário do Povo Online    23.09.2020 13h14

Por Li Yang, Cônsul-Geral da China no Rio de Janeiro

Alguns políticos americanos acreditam ignorantemente que os Estados Unidos da América são a referência do mundo em todos os aspectos, como política, economia, tecnologia, cultura, valores e estilo de vida, e que os outros países devem aprender com eles e até aceitar sua liderança e iluminação. Vejamos, então, como a realidade ridiculariza esse pensamento doentio.

Os EUA não têm a verdadeira democracia que o seu povo necessita. A democracia americana já é demasiada “cara” e se tornou um jogo de dinheiro entre a minoria rica, famílias políticas e grupos de interesse. Gasta-se um incontável valor em campanhas eleitorais, mas não tem verba para reparar infraestruturas arruinadas, nem para ajudar o grande número de moradores de rua. A democracia americana é extremamente decorativa, que pode ser comprovada pelas eleições presidenciais. Os eleitores não conhecem a capacidade e ética dos candidatos e a votação torna-se uma formalidade e aposta. O custo da democracia americana é demasiado alto, pois o líder supremo eleito ou representa apenas uma parte da população, causando graves atritos políticos internos no país, ou falta a necessária capacidade de liderança, tendo pouco conhecimento de como governar o país. Em uma grande disputa na eleição, as consequências podem ser trágicas. Além disso, a democracia americana traz sofrimento profundo ao mundo. Todos os países onde a “democracia” é imposta pelos EUA por força ou através das revoluções coloridas caíram em tumultos e desastres.

Pode-se dizer que os direitos humanos estadunidenses estão no nível mais baixo da humanidade. Veja a história escura dos antepassados americanos que faziam tráfico de escravos, massacraram e saquearam os índios, oprimiram e discriminaram minorias étnicas. Veja a “grandiosidade” estadunidense que iniciou várias guerras desde a sua fundação, causando numerosas vítimas civis em outros países, e até eliminando dirigentes de outros países. Veja o caos contínuo causado pelas atrocidades racistas nos EUA e o desdém apático dos políticos com os pedidos por igualdade. Veja as ações impiedosas tomadas no país no combate à Covid-19, de priorizar os interesses políticos e econômicos e de entreter com mentira a saúde e a segurança de vida do povo. Veja a política desumana americana de separar à força muitas crianças dos seus pais sob o argumento de combate à imigração ilegal. Veja também os atos bárbaros estadunidenses como detenção e expulsão de especialistas, acadêmicos e estudantes estrangeiros em nome da segurança nacional. O que ainda podemos esperar dos direitos humanos e da igualdade dos EUA? Trata-se de um consenso na comunidade internacional de que os EUA possuem o pior recorde de direitos humanos no mundo, que é quase sinônimo de terrorismo nacional!

A liberdade americana é a mais irônica: sem liberdade necessária, mas inundada com liberdades que não deviam existir. A correção política hipócrita deixa a população totalmente confusa. Recentemente, devido à pronúncia da palavra chinesa “na ge” (significa “aquele”), muito usada em mandarim, ela tornou-se uma palavra de “uso com cautela” nos EUA. Isso não é uma violação da liberdade dos chineses americanos e dos cidadãos chineses nos EUA? No entanto, quando mais do que nunca se precisa da ordem, como no caso do combate à Covid-19 nos EUA, em que todo o mundo precisa adotar voluntariamente as necessárias medidas de isolamento social para reduzir contatos pessoais e reduzir a taxa de infecções, as pessoas valorizam sua “liberdade” mais do que nunca. Como resultado, muitas pessoas desobedecem as ordens da quarentena, se recusam a usar máscaras e até realizam intencionalmente chamadas “festas da Covid-19”, contaminando pessoas e causando a morte de muitas delas! Isso não é liberdade, mas estupidez e egoísmo irresponsável para consigo mesmo, sua família e com os outros! Isso demostra que falta aos EUA o espírito de união e autodisciplina, que é obrigatório para uma potência e uma sociedade saudável.

A governança social dos EUA é provavelmente pior que a de alguns países em desenvolvimento! Drogas, pornografia, máfia e armas encontradas em todos os cantos dos EUA levaram à degeneração da sociedade, à grave deterioração da segurança pública e à intensificação sem precedentes de conflitos. Portanto, embora os EUA tenham um vasto território, muitos lugares são inadequados para as pessoas normais morarem e viverem. Sr. Fukuyama, autor da “teoria do fim da história”, apontou recentemente mais um problema crônico na governança social americana. O excesso grave e a qualidade profissional demasiado baixa dos servidores públicos americanos causam declínio da qualidade dos serviços públicos. A terceirização de serviços públicos pelo governo intensificou a ociosidade dos servidores públicos, causando insatisfação da população e aumento dos conflitos sociais. Hoje, na China, maioria dos serviços públicos podem ser facilmente resolvidos pelos cidadãos de casa pela internet, o que é inimaginável nos EUA. Conforme uma recente reportagem, os residentes comunitários americanos tinham que esperar na fila em frente ao departamento de trânsito para tratar de assuntos referentes a seus veículos, sem garantia nenhuma de que seriam atendidos no dia seguinte, o que é intolerável! Este é um exemplo da baixa qualidade da administração social americana.

Os EUA continuam a ter vantagens óbvias na economia, ciência e tecnologia, no entanto, se um país tiver problema com seus espíritos e valores, não conseguirá sustentar o seu desenvolvimento nem manter sua vantagem para sempre. Na sociedade atual dos EUA, não existe mais entusiasmo de lutar pela vida, enquanto é bem popular o interesse pelo lucro, o que está intimamente relacionado à desindustrialização e financeirização de riquezas. Se a alienação da democracia americana e a discriminação racista sistemática continuarem a avançar na direção da perda de controle, não só será difícil atrair elites e talentos estrangeiros para os EUA, como também acontecerá fuga de intelectuais americanos ao exterior, o que tirará o forte suporte de inteligência do desenvolvimento econômico e tecnológico do país. Os EUA, que colhem as riquezas de outros países com dólares americanos, saqueiam os recursos de mercado com barbaria e insultam os fracos e dissidentes pela força militar, já foram expulsos do altar moral. A comunidade internacional não vai tolerar por muito tempo o bullying e a exploração de países como os EUA, cuja economia e tecnologia naturalmente enfrentará uma “perda de sangue”.

Os políticos estadunidenses que não param de denegrir a imagem chinesa e gesticular para dar ordens à China, bem como tentar todo o possível para isolar e suprimir a China, são na verdade demasiado narcisistas. O desenvolvimento chinês segue a tendência da época, e está profundamente comprometido com as expectativas do povo. Países como os EUA, que estão no lado errado da história, não são qualificados para serem “professores” da China, nem conseguirão impedir os passos de seu avanço! No futuro, a China se tornará em uma potência socialista próspera, democrática, civilizada, harmoniosa e bela, cujos sucessos domésticos e contribuições internacionais excederão muito a imaginação desses políticos americanos! 

(Web editor: Beatriz Zhang, editor)

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