Um juiz norte-americano impediu na manhã de domingo o Departamento de Comércio dos EUA de exigir que a Apple Inc e a Google da Alphabet Inc. removessem o aplicativo de mensagens de propriedade chinesa WeChat de suas lojas de aplicativos no final de domingo.

O juiz magistrado americano Laurel Beeler, em San Francisco, emitiu uma ordem na qual refere que os usuários do WeChat "mostraram séria oposição, em concordância com reivindicação da Primeira Emenda, e que as circunstâncias favorecem os queixosos", relatou a Reuters.

Na sexta-feira, o Departamento de Comércio dos EUA emitiu uma ordem citando motivos de segurança nacional para bloquear o WeChat das lojas de aplicativos dos EUA.

O Departamento de Comércio dos EUA ainda não comentou publicamente a situação.

O WeChat é um aplicativo móvel que combina serviços semelhantes ao Facebook, WhatsApp e Instagram. O aplicativo é um componente essencial da vida diária dos chineses, possuindo mais de um bilhão de usuários.

A WeChat Users Alliance elogiou a decisão como "uma vitória importante e difícil" para "milhões de usuários do WeChat nos EUA".

O Ministério do Comércio da China disse no sábado que se opõe categoricamente à medida dos EUA de bloquear os downloads dos aplicativos WeChat e TikTok.

Na ausência de qualquer evidência, os EUA usaram repetidamente o poder do Estado para suprimir duas empresas por motivos injustificados, o que interrompeu gravemente suas atividades comerciais normais, minou a confiança dos investidores internacionais no ambiente de investimento dos EUA e prejudicou a economia e a normalidade do comércio global, disse o ministério em um comunicado online.